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Estado de Minas

UE avisa Londres que haverá barreiras 'inevitáveis' após o Brexit


postado em 05/02/2018 17:00

O principal negociador europeu do Brexit, Michel Barnier, pediu, nesta segunda-feira (5) ao Reino Unido para decidir que relação comercial quer com a União Europeia, mas avisou que haverá barreiras para bens e serviços.

"Chegou a hora de tomar uma decisão", disse Barnier em Londres, alertando que, se Londres optar por abandonar a união aduaneira e o mercado único, "as barreiras para bens e serviços são inevitáveis".

Existe a possibilidade de não pertencer ao bloco, mas ao seu espaço econômico, como a Noruega, por exemplo. Mas, em troca, deveria permitir a livre-circulação de trabalhadores, algo que May não está disposta a fazer, porque isso a impedirá de controlar a imigração.

Barnier fez as declarações em Londres, acompanhado pelo principal negociador britânico, David Davis.

Os dois se encontraram para discutir os aspectos técnicos da segunda fase das negociações de saída britânica, que começará nesta semana em Bruxelas, focada no futuro relacionamento comercial.

O governo de May afirma querer um acordo comercial único, diferente do dos noruegueses, mas nas últimas semanas recebeu críticas por não especificar mais.

Davis se defendeu: "Nós dissemos que queremos um grande acordo, um acordo que nos permita chegar a acordos (comerciais) com o resto do mundo".

Além disso, o governo britânico quer estabelecer uma fase de transição para que a saída não seja tão abrupta, mas a UE exige que, neste período, os cidadãos europeus que se instalem no Reino Unido gozem dos mesmos direitos, algo que May diz não estar disposta a aceitar.

"Há uma diferença entre aqueles que chegaram antes de sairmos e aqueles que chegaram sabendo que estávamos saindo", disse a primeira-ministra à imprensa em uma viagem à China.

Barnier insistiu nesta segunda-feira que não haverá exceções.

"O governo britânico decidiu que a saída (da UE) será em 29 de março de 2019. É sua decisão soberana. May pediu para se beneficiar do mercado único e da união aduaneira por um pouco de tempo depois", disse o diplomata francês.

No entanto, acrescentou Barnier, "as condições são muito claras: todos devem seguir as mesmas regras durante a transição".


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