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Estado de Minas

México, etapa difícil na viagem latino-americana do chanceler dos EUA


postado em 02/02/2018 13:36

O secretário de estado americano Rex Tillerson se reúne nesta sexta-feira com o presidente mexicano Enrique Peña Nieto, talvez o dirigente que tenha mais problemas com a Casa Branca de Donald Trump.

Em sua primeira visita à América Latina desde que assumiu o departamento de Estado, o ex-empresário do setor do petróleo falará do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), imigração e crimes com Peña Nieto.

Trump classifica o NAFTA, em vigor desde 1994 entre Estados Unidos, México e Canadá, como "talvez o pior acordo na história do mundo", atribui à imigração ilegal a criminalidade nos Estados Unidos e insiste em construir um muro na fronteira entre os dois países.

Peña Nieto, por sua vez, tem de lidar com uma acifrada eleição presidencial em julho, na qual seu partido, o PRI, parece ter poucas possibilidades de manter o poder; a crescente violência ligada ao narcotráfico e as pressões para que não ceda muito para seu vizinho nas negociações do NAFTA.

E mesmo que Tillerson não tenha maior preparo na área comercial, é fato que o NAFTA estará na agenda da reunião com Peña Nieto.

Tillerson tem um ponto de vista mais otimista que Trump em relação ao NAFTA.

"Sou texano, ex-empresário do setor energético e também fazendeiro. Entendo como o NAFTA é importante para nossa economia", afirmou ante estudantes da Universidade do Texas.

"Mas não é de surpreender que um acordo de 30 anos, anterior à era digital e ao fato de que a China se tornou a segunda maior economia do mundo, precisse ser modernizado", acrescentou.

Além de Peña Nieto, Tillerson também se reunirá com colega chanceler Luis Videgaray.

Ainda em Austin, no Texas, antes de embarcar para o México, Tillerson promoveu um enfoque de crescimento econômico, segurança e democracia para as Américas, em contraste com a Venezuela "corrupta e hostil" de Nicolás Maduro.

"A América Latina não precisa de novos poderes imperiais que só buscam beneficiar seu próprio povo", afirmou em um discurso na Universidade do Texas, onde o ex-diretor executivo da ExxonMobil se formou, advertiu sobre o desembarque de Pequim e Moscou na região e convocou os governos a cooperarem mais com os Estados Unidos.

"O modelo de desenvolvimento liderado pelo Estado da China lembra o passado. Não tem que ser o futuro do hemisfério", acrescentou, destacando que "as práticas comerciais desleais" custariam empregos locais.

"A crescente presença da Rússia na região também é alarmante", continuou, queixando-se de que Moscou venda armas a "regimes (...) que não compartilham, nem respeitam o processo democrático".

"Com os Estados Unidos têm um sócio multinacional, um que beneficia os dois lados", enfatizou antes de iniciar uma viagem de seis dias que o levará, além do México, à Argentina, Peru, Colômbia e Jamaica.


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