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Estado de Minas

Repressão a protestos na RDC deixa ao menos seis mortos


postado em 21/01/2018 17:36

Pelo menos seis pessoas morreram e 49 ficaram feridas neste domingo (21) na República Democrática do Congo (RDC), na dispersão de manifestações contra a permanência no poder do presidente Joseph Kabila, informou a ONU, enquanto as autoridades locais admitiram a morte de duas pessoas.

Todas as mortes foram registradas na capital, Kinshasa, enquanto que em todo o país houve feridos e detidos nos protestos, informou a Missão das Nações Unidas no Congo (Monusco).

Pelo menos 49 pessoas ficaram feridas e mais de uma centena foi detida nestas "marchas pacíficas", organizadas por um coletivo católico, após as missas de domingo, segundo um balanço provisório da Monusco.

Nove policiais ficaram feridos, dois com gravidade, de acordo com outro balanço da Polícia congolesa.

As forças de ordem usaram bombas de gás lacrimogêneo e munição letal, segundo a missão da ONU, que tinha anunciado o envio de observadores em campo, e testemunhas, inclusive jornalistas da AFP.

As autoridades congolesas voltaram a proibir manifestações convocadas pelo coletivo, que já tinha organizado uma iniciativa similar em 31 de dezembro para exigir que o presidente Kabila declare publicamente que não vai disputar um terceiro mandato, o que é proibido pela Constituição do país.

Com 46 anos e no poder desde 2001, o presidente chefia um governo amplamente criticado por corrupção, repressão e incompetência.

Seu segundo e último mandato constitucional terminou em 20 de dezembro de 2016, mas ele se manteve no cargo, provocando uma espiral de violência. As próximas eleições presidenciais estão previstas para 23 de dezembro de 2018.

A repressão de 31 de dezembro deixou seis mortos, cinco deles em Kinshasa, segundo a ONU e o núncio apostólico. Nenhum, de acordo com as autoridades.

De Lima, onde conclui sua visita ao Chile e ao Peru, o papa Francisco exortou neste domingo às autoridades da República Democrática do Congo a "evitar toda forma de violência".

Ante "notícias muito preocupantes", procedentes da República Democrática do Congo, o papa fez um apelo às "autoridades do país africano, autoridades e todos" para que "ponham máximo empenho e esforço para (...) buscar soluções a favor do bem comum".

"Rezemos pelo Congo", pediu o papa na catedral de Lima, diante de uma multidão reunida na Praça de Armas para assistir ao Angelus.

A Monusco, que tem como mandato a proteção de civis, lembra que "o direito a se manifestar pacificamente está inscrito na Constituição e está protegido pelos compromissos internacionais da RDC".


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