Centenas de conservadores iranianos protestaram nesta segunda-feira, em Teerã, contra a decisão de Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, queimando retratos do presidente americano e do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
A manifestação ocorreu ao som de música de dança, o que geralmente é proibido no Irã, e aos gritos de "Estados Unidos assassinos", "Mães palestinas perdem seus filhos" e "Morte à América".
O futura transferência da embaixada dos Estados Unidos de Tel-Aviv para Jerusalém - em uma data ainda não determinada - é "uma crueldade que vem a se somar às precedentes opressões americanas", disse Ali Esfahani, um estudante de 23 anos.
Com sua decisão sobre Jerusalém "Trump nos permitiu acelerar as coisas", avaliou Seyed Abdullah Hosseini, um religioso entrevistado pela AFP, sobre a previsão do guia supremo iraniano, aiatolá Khamenei, do fim do Estado hebreu até 2030.
"Alguns pensavam que Israel seria extinta mais tarde (...) mas isto é o início do fim de Israel. Precisamos agradecer a ele (Donald Trump)".
A decisão de Trump provocou uma nova onda de confrontos e protestos nos Territórios Palestinos e a rejeição em todo o mundo muçulmano.