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Estado de Minas

Conheça Cyntoia Brown: a adolescente condenada à prisão perpétua por matar seu agressor

Celebridades dos EUA, como Kim Kardashian e Rihanna, se uniram à causa para pedir justiça; petição já reúne mais de 250 mil assinaturas


postado em 23/11/2017 15:25 / atualizado em 23/11/2017 15:51

Cyntoia Brown foi presa após matar seu agressor, Johnny Allen, atirador do Exército(foto: Reprodução/Twitter.)
Cyntoia Brown foi presa após matar seu agressor, Johnny Allen, atirador do Exército (foto: Reprodução/Twitter.)
Era uma sexta-feira, 6 de agosto de 2004, quando Cyntoia Brown (16) se recusou a ser mais uma vítima do feminicídio. Naquele dia, ela foi intimidada por um traficante a se prostituir, para 'fazer algum dinheiro' e por 'estar folgada'. O mesmo homem já havia abusado dela sexualmente e a forçado a usar diferentes tipos de drogas. 

Diante da ameaça, Cyntoia aceitou uma proposta de US$ 150 do atirador do Exército Johnny Allen (43), em Nashville, no estado do Tennessee. Foi na casa dele que o pesadelo da adolescente viveu seu apogeu. “Johnny estava me acariciando, depois me agarrou entre as pernas muito forte. Ele me olhou de um jeito, tipo, um olhar muito feroz, e eu senti um calafrio. Achei que ele ia me bater ou fazer alguma coisa assim comigo. Mas aí, ele rolou para o lado e se esticou. Então, achei que ele não ia me bater, achei que ele ia pegar uma arma", afirmou a garota em seu testemunho. 

No mesmo dia, Allen mostrou à jovem diversas armas espalhadas pela casa. Por temer ser assassinada, Brown pegou um dos revólveres do local, atirou contra Allen e o matou. Apesar do cenário de legítima defesa, a adolescente foi condenada a prisão perpétua pelo juri local. A sentença ainda determinou que ela poderia viver em liberdade condicional a partir dos 51 anos. 

Hoje com 29 anos e presa há 13, a história de Brown chama atenção de celebridades nos EUA. Uma petição já reuniu mais de 285 mil assinaturas, até a tarde desta quinta-feira, para tentar a libertação da mulher. O objetivo do documento é alcançar 300 mil vistos. "Cyntoia poderia ser sua filha. Esta petição precisa de tantas assinaturas forem possíveis, para ser apresentado o pedido de clemência ao governador do Tennessee, Bill Haslam", afirma a certidão. 

A partir da hashtag #FreeCyntoiaBrown, celebridades como Kim Kardashian, Rihanna, Cara Delevigne e Lauren Jauregui também se manifestaram. "O sistema fracassou. É de cortar o coração ver uma jovem ser traficada e, quando toma coragem de lutar, é presa!", disse Kardashian em seu perfil no Twitter.



Rihanna, por sua vez, também condenou a Justiça dos EUA. "Nós mudamos a definição de justiça? Algo está terrivelmente errado quando o sistema deixa que esses estupradores passem ilesos, enquanto a vítima é presa!", destacou a estrela pop no Instagram. 

História de vida conturbada

Apesar da sentença chamar a atenção, Cyntoia Brown enfrentou dificuldades desde seus primeiros dias. Aos dois anos, ela foi colocada para adoção pela mãe, Georgina Mitchell. Viciada em cocaína e crack, Mitchell entregou a filha a Ellenette Brown, que deu seu sobrenome à jovem. 

Com a mudança de lar, Cyntoia teve apoio familiar e condições financeiras para mudar de rumo. Entretanto, pressões emocionais a levaram para o caminho que resultou na prisão. 

Toda a história pode ser vista no documentário Me Facing Life: Cyntoia's Story, produzido pela BBC e lançado em 2011. Assista ao trailer abaixo:




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