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Estado de Minas

Argentina investiga explosão na área onde estava submarino desaparecido

Buscas na superfície pela embarcação não deram resultados e tripulantes seguem desaparecidos há oito dias


postado em 23/11/2017 11:16 / atualizado em 23/11/2017 13:06

(foto: Divulgação/Marinha da Argentina)
(foto: Divulgação/Marinha da Argentina)

Após oito dias de intensas buscas pelo submarino desaparecido no Atlântico Sul com 44 tripulantes, a Argentina investiga se aconteceu uma explosão a bordo do navio depois que uma avaria nas baterias foi informada em sua última comunicação.


Na quarta-feira à noite, a Armada (Marinha de Guerra) informou sobre uma "anomalia hidroacústica" registrada depois da última comunicação do "ARA San Juan", mas se negou a especular se seria compatível com uma explosão.

 

Nesta quinta-feira o porta-voz da Armada, a Marinha argentina, Enrique Balbi, informou que uma "explosão" foi registrada no mar no dia 15 de novembro quando o submarino desapareceu.


Tratou-se de "um evento anômalo, singular, curto, violento e não nuclear consistente com uma explosão", afirmou o porta-voz, que admitiu que houve "uma explosão" nessa zona do Atlântico.

 

O novo registro sonoro aconteceu na quarta-feira de 15 de novembro, "quase três horas depois da última comunicação, 30 milhas ao norte de onde foi feito o contato e no caminho para Mar del Plata", revelou o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi.

"Um grave problema com as baterias pode gerar hidrogênio. Hidrogênio acima de um certo percentual é explosivo. Explode por si mesmo. Se aconteceu uma explosão.... então tudo está perdido", disse à AFP um ex-comandante de submarino que pediu anonimato.


Uma explosão repentina em imersão poderia explicar a ausência de sinais de emergência, como liberar balsas, ou radiobalizas para ajudar no resgate, como indicam os procedimentos navais habituais.


Sete dias de intensas tempestades na zona de busca provocaram a esperança de que o capitão do submarino poderia ter optado por assegurar a navegação submerso, ao invés de emergir como indica o protocolo quando se perde toda a comunicação com as bases em terra.


Agora, considera-se praticamente descartado que o submarino tenha mantido a possibilidade de propulsão, já que não foi localizado na rota que deveria seguir, de Ushuaia, no extremo austral do país, até o porto de Mar del Plata, 400 km ao sul de Buenos Aires, aonde deveria ter chegado entre domingo e segunda-feira.


O diretor do Centro de Pesquisas Marítimas da Argentina, contra-almirante Guillermo Delamer, pediu paciência.


"O ruído ainda não pode ser atribuído ao submarino", afirmou.


O "ruído" foi detectado a 400 km da costa e 60 km ao norte da última posição comunicada pelo submarino.


"Uma das versões mais verossímeis é a de uma explosão provocada por um curto-circuito no bloco de 960 baterias que dão energia ao TR-1700", afirma o jornal La Nación.


Outro jornal, o Clarín, informa que "a Armada investiga se aconteceu uma explosão no dia do desaparecimento do submarino".


Na base naval de Mar del Plata, quase 100 parentes de militares aguardam notícias e recebem o apoio de psicólogos e médicos.


Cenas de desespero foram observadas na quarta-feira dentro da base.


O acesso da imprensa ao local foi vetado. O alambrado ao redor da base está repleto de mensagens religiosas, bandeiras argentinas e mensagens de força aos tripulantes e suas famílias.

 

Com participação de 13 países, a busca na superfície e em profundidade não apresentou resultados, apesar das várias pistas apontadas e depois descartadas.

 


 


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