Centenas de pessoas se manifestaram nesta sexta-feira (10) em São Paulo, em um protesto convocado pelas centrais sindicais contra as reformas do governo de Michel Temer.
O protesto se opôs principalmente à flexibilização da legislação trabalhista, que entra em vigor neste sábado, e ao projeto de reforma da Previdência Social. Manifestantes também se declararam contrários à privatização da Eletrobras, a maior empresa de eletricidade da América Latina.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical convocaram a manifestação e falaram sobre a possibilidade de convocar um greve geral e uma marcha em Brasília.
"Temos de protestar para impedir a destruição do país, a perda de conquistas sociais e as ameaças contra a democracia", afirmou Telma de Barros, professora de 57 anos, em uma concentração na Praça da Sé, no Centro de São Paulo.
Entre as mudanças, a reforma privilegia acordos coletivos sobre as disposições legais, facilita o trabalho autônomo exclusivo sem vínculo permanente e encerra a contribuição sindical obrigatória.
Para os sindicatos, trata-se de um ataque aos direitos dos trabalhadores.
A reforma previdenciária também foi muito questionada.
"Não problema nenhum com a Previdência, mas eles (o governo) estão inventando razões para mudar a Previdência e prejudicar a nós, os trabalhadores, ao povo que sempre é o que paga", opinou Júlio Telmo, de 45 anos.
Trabalhadores do setor elétrico denunciaram o recente anúncio de privatização da Eletrobras.
"O governo quer vender uma empresa estratégica para o país, depois vamos ver a entrega dos recursos", afirmou Ricardo do Santos, membro do sindicato.