A primeira sentença do mega escândalo de corrupção da Fifa foi anunciada em Nova York, nesta quarta-feira, depois do ex-secretário geral de futebol da Guatemala, Héctor Trujillo, ser condenado a oito meses de prisão pela juíza federal do Brooklyn, Pamela Chen.
Trujillo já cumpriu um mês de pena e vai ficar preso em presídio da Flórida, a partir do dia 20 de novembro.
O cartola foi acusado de aceitar e lavar centenas de milhares de dólares em subornos de uma empresa em Miami. Em troca, cedia direitos de televisão e comercializava jogos da seleção masculina do país nas eliminatórias para as Copas do Mundo de 2018 e 2022.
Trujillo foi o último dos acusados a se declarar culpado de corrupção. Em junho, admitiu duas das oito acusações: conspiração para transferir dinheiro ilegalmente e transferência de dinheiro ilegal.
No total, 42 dirigentes de futebol das Américas e empresários esportivos foram acusados pela justiça dos Estados Unidos no escândalo de corrupção que balançou a Fifa, em 2015. Como Trujillo, a maioria dos envolvidos se declarou culpada para tentar reduzir as penas.
Apenas três dos 42 acusados insistem em sua inocência, dentre eles o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marín.
Trujillo foi detido em dezembro de 2015, quando um cruzeiro da Disney em que ele e sua família viajavam fez parada em Puerto Cañaveral, na Flórida.
Após vários dias preso em isolamento, o ex-dirigente foi liberado ao pagar fiança de quatro milhões de dólares.