Fats Domino, o pianista e cantor cujo ritmo desenfreado ajudou a dar vida ao rock 'n' roll, morreu na terça-feira aos 89 anos, informaram autoridades nesta quarta (25).
Um encarregado do Instituto Médico Legal da cidade de Nova Orleans, onde Domino morava, confirmou nesta quarta-feira sua morte, que tinha sido anunciada mais cedo pela filha do artista a uma rede de televisão local.
"Foi fiel às suas raízes de Nova Orleans e foi uma verdadeira lenda", disse Gerry Cvitanovich, do centro forense Jefferson Parish, que indicou que o artista faleceu de causas naturais.
A filha do cantor disse que ele morreu em paz e rodeado pela sua família.
Domino sempre morou em Nova Orleans. Mesmo depois de ganhar fama, permaneceu em sua velha vizinhança, e de vez em quando era visto dormindo ao ar livre, em uma rede.
Em seu auge, foi considerado um rival de Elvis Presley como rei do rock 'n' roll.
Mas a preeminência do modesto e tímido Domino se desvaneceu em meados da década de 1960, quando um grupo de estrelas de rock começaram a dominar a cultura do pop.
Antonie Domino, que ganhou seu apelido de "o gordo" muito jovem, se consolidou em 1949 com seu sucesso "The Fat Man", uma das músicas do rock 'n' roll mais lendárias e à frente de seu tempo.
Mais tarde, gravou alguns dos grandes sucessos da década de 1950, como "Ain't That a Shame" e "Blueberry Hill", que se tornaram onipresentes nas vitrolas dos americanos.
Domino fez parte do primeiro grupo de músicos que entraram no Salão da Fama do Rock and Roll, em 1986, ao lado de Presley e Chuck Berry.
O músico ficou desaparecido por um breve período, quando o furacão Katrina devastou Nova Orleans, em 2005.
Foi então evacuado, e um ano mais tarde lançou seu último álbum, "Alive and Kicking", em benefício dos artistas afetados pela tragédia.