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Estado de Minas

Sobe para 45 número de mortos por incêndios em Portugal e Espanha


postado em 17/10/2017 19:40

A chegada da chuva e de ventos menos violentos ajudavam, nesta terça-feira, os bombeiros a controlarem os devastadores incêndios florestais que deixaram ao menos 41 mortos em Portugal e quatro na Espanha.

O fogo causou 41 mortes no centro e no norte de Portugal, um país duramente afetado por incêndios pela segunda vez em quatro meses.

Seis de sete pessoas dadas como desaparecidas na véspera foram encontradas em bom estado de saúde, anunciou uma porta-voz da Defesa Civil, que registrou também 71 feridos, 16 deles em estado grave.

Quase 3.000 bombeiros continuavam mobilizados para evitar que alguns focos fossem reativados, mas a Defesa Civil não indicou nenhum incêndio ativo "importante" desde o amanhecer. Os bombeiros foram ajudados pela chuva que caiu durante a noite.

Na Galícia, o balanço nesta terça era de quatro mortos. Esta região no nordeste da Espanha também foi muito afetada pelos incêndios florestais que começaram no domingo, alimentados pelos ventos durante a passagem da tempestade tropical Ophelia diante das costas da península Ibérica.

Esta quarta vítima espanhola era um homem de 70 anos, falecido na segunda-feira em Vigo, anunciaram as autoridades policiais da Galícia. Nesta terça de manhã, os serviços de emergência declararam o nível 2 de alerta, ativado quando o fogo ameaça casas.

- Bombeiros cansados -

Nos povoados dos arredores de Penacova, 230 km ao norte de Lisboa, os moradores tentavam recuperar a vida normal.

Alguns habitantes regavam seus terrenos para evitar o reaparecimento do fogo. Outros cuidavam de seus cultivos, tentando, por exemplo, salvar os frutos de oliveiras parcialmente queimadas pelas chamas.

Nas florestas de Arganil, perto de Coimbra, os bombeiros continuavam lançando água em uma colina coberta de cinzas negras, de onde desprendiam colunas de fumaça branca.

Um comandante do Corpo de Bombeiros de Corucche (200 km ao sul), explicava à emissora pública RTP: "caiu muita chuva durante a noite, mas não o suficiente para extinguir o fogo completamente".

Os maiores problemas que os bombeiros enfrentam, acrescentou, são o "cansaço físico" e a amplitude da zona que tentavam controlar.

Ainda assim, a chuva praticamente pôs fim a esta onda de incêndios mortais, a segunda em quatro meses. Em meados de junho, Portugal sofreu o incêndio florestal mais trágico da sua história, com um balanço de 64 mortos e 250 feridos, perto de Pedrógão Grande (centro).

O drama voltou a surpreender, no domingo, outras regiões arborizadas no centro e norte do país.

Três dias de luto nacional foram decretados em Portugal a partir desta terça. Em Bruxelas, todas as bandeiras da Comissão Europeia foram içadas a meio-mastro em homenagem aos mortos nos incêndios na península Ibérica.

O presidente conservador português, Marcelo Rebelo de Sousa, recordou as vítimas dos atuais incêndios e dos de Pedrógão Grande em uma declaração ao país. "Esses mais de 100 mortos jamais deixarão meus pensamentos, como um peso enorme na minha consciência e em meu mandato", disse.

Na segunda-feira à noite, o primeiro-ministro português, António Costa, renovou sua promessa de "passar das palavras aos fatos", realizando "reformas profundas" em termos de equipamentos e infraestrutura para lutar contra os incêndios.

Desde o início de 2017, mais de 350.000 hectares de vegetação foram devastados pelas chamas em Portugal, número quatro vezes maior do que a média dos últimos dez anos, de acordo com o sistema europeu de informação de incêndios florestais.


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