O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe enviou flores ao santuário de Yasukuni, um polêmico memorial do exército imperial, um gesto que pode irritar a China e a Coreia do Sul, em um momento de tensão regional.
O chefe de Governo já foi muito criticado em outras ocasiões por suas declarações, que são consideradas "revisionistas" a respeito do papel do imperialismo japonês.
Abe enviou uma "masakaki", uma árvore sagrada, para as celebrações do festival de outono no memorial, que duram quatro dias.
A menos de uma semana das eleições legislativas antecipadas que acontecem no próximo domingo, nenhuma autoridade política importante havia sido vista no local nesta terça-feira.
Diante da crescente ameaça da Coreia do Norte, o Japão tenta melhorar as relações com a China e a Coreia do Sul.
O santuário privado Yasukuni homenageia quase 2,5 milhões de pessoas que morreram pela pátria, mas desde 1978 inclui em seu memorial criminosos de guerra condenados pelos aliados após a rendição de Tóquio na Segunda Guerra Mundial.
Pequim e Seul, vítimas do militarismo dos japoneses na primeira metade do século XX, o consideram uma afronta a suas vítimas.
Abe visitou Yasukuni em dezembro de 2013, para marcar seu primeiro aniversário no poder. Pequim e Seul expressaram indignação e o governo americano expressou "decepção" com o gesto.
Desde então Abe não visitou mais o local, limitando-se a enviar flores ao santuário.