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Estado de Minas

ONU denuncia um clássico exemplo de "limpeza étnica" em Mianmar


postado em 11/09/2017 06:16

O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, afirmou nesta segunda-feira que o tratamento que Mianmar reserva à minoria muçulmana rohingya se assemelha a um "exemplo de livro de limpeza étnica".

O Conselho de Direitos Humanos da ONU criou em 24 de março uma missão internacional independente para investigar a violência que teria sido cometida por integrantes do exército contra a minoria muçulmana rohingya, mas Mianmar não autorizou a viagem dos especialistas à região.

"Como Mianmar rejeitou o acesso aos investigadores de direitos humanos, a situação atual não pode ser completamente avaliada, mas a situação parece ser um exemplo de livro didático de limpeza étnica", declarou na abertura da 36ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra.

Os rohingyas, tratados como estrangeiros em Mianmar, país onde mais de 90% da população se declara budista, são considerados apátridas, apesar da presença de algumas famílias há várias gerações no país.

Os ataques violentos dos rebeldes rohingyas contra postos policiais no fim de agosto provocaram uma nova onda de repressão do exército birmanês.

"Esta operação (...) é claramente desproporcional e não leva em consideração os princípios fundamentais do direito internacional", afirmou o Alto Comissário.

"Recebemos múltiplas informações e imagens de satélite que mostram as forças de segurança e as milícias locais incendiando vilarejos rohingyas, assim como informações coerentes que citam execuções extrajudiciais, incluindo tiros contra civis em fuga", completou.

De acordo com os dados mais recentes da ONU, 313.000 rohingyas se refugiaram na vizinha Bangladesh.

Milhares de pessoas estariam escondidas em florestas ou nas colinas do lado birmanês, sem mantimentos nem água.


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