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ONU adverte para possíveis "crimes contra a humanidade" na Venezuela


postado em 11/09/2017 06:16

O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos pediu nesta segunda-feira uma investigação internacional sobre o uso excessivo da força pelas autoridades da Venezuela, por considerar que podem constituir "crimes contra a humanidade".

"Minha investigação sugere a possibilidade de que tenham sido cometidos crimes contra a humanidade (...) Peço ao Conselho (de Direitos Humanos da ONU) que inicie uma investigação internacional sobre as violações dos direitos humanos na Venezuela", afirmou Zeid Ra'ad Al Hussein na abertura, em Genebra, da 36ª sessão da instituição.

"No mês passado, meu escritório divulgou um relatório sobre a Venezuela, destacando o excessivo uso da força por parte de oficiais de segurança, assim como outras múltiplas violações dos direitos no contexto dos protestos contra o governo", completou Zeid Ra'ad Al Hussein.

De acordo com o Alto Comissário existe um "perigo real" de uma "escalada de tensões" e ações do governo venezuelano contra "instituições democráticas e vozes críticas", por meio de "procedimentos judiciais contra líderes da oposição, o recurso a detenções arbitrárias, o uso excessivo da força e maus-tratos aos detentos, o que em alguns casos se assemelha à tortura".

A Venezuela enfrenta uma grave crise política, econômica e institucional. Os confrontos entre as forças de segurança e os manifestantes antigovernamentais deixaram 125 mortos entre abril e julho.

Zeid destacou ainda que a Venezuela é atualmente um dos 47 Estados membros do Conselho de Direitos Humanos e tem, portanto, o dever de defender e promover os direitos humanos.

No relatório publicado em agosto, o Alto Comissário afirmou que existe na Venezuela "uma erosão da vida democrática", que "apenas está viva, se ainda estiver viva".

As autoridades venezuelanas rejeitaram a entrada no país dos investigadores da ONU, o que levou Zeid a solicitar a uma equipe de especialistas em direitos humanos que entrevistasse à distância 135 vítimas e suas famílias, assim como testemunhas, jornalistas, advogados, médicos e membros do escritório da Procuradoria Geral.


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