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Estado de Minas

Socorristas buscam mais vítimas de terremoto em comunidades isoladas do sul do México


postado em 10/09/2017 17:07

Os trabalhos de resgate e de auxílio à população após o terremoto de 8,2 graus, o maior em um século, acelerava-se neste domingo em comunidades de difícil acesso no sul do México, onde já se somam 65 mortos, a maioria no estado de Oaxaca.

Até o momento, autoridades de Oaxaca contabilizam oficialmente 46 mortos. Em Chiapas, foram 15, e em Tabasco, quatro, mas há informações sobre mais seis óbitos.

"De maneira parcial há 71 pessoas falecidas", disse à imprensa neste domingo Alejandro Murat, governador de Oaxaca, mas a secretária de Desenvolvimento Urbano, Rosario Robles, declarou que "ainda é preciso confirmar" estes dados.

A Defesa Civil nacional não confirmou a contagem de Murat de 71 mortes e mantém o número de óbitos em 65.

Amplas zonas de estados do sul do México são caracterizadas por numerosas montanhas, onde vivem pequenas comunidades que costumam ficar isoladas quando ocorrem terremotos ou tempestades.

Em Juchitán, Oaxaca, de 100 mil habitantes, convertida em epicentro da tragédia, com 37 mortes confirmadas, a população teve outra noite de terror com as réplicas constantes do terremoto, que já somam mais de 800.

Um dos poucos hotéis que pareciam ter resistido ao terremoto de quinta-feira sofreu com uma réplica de 5,6 graus. Os poucos hóspedes correram para a rua e, depois, tiveram que abandonar o hotel, devido ao risco de desabamento.

Na pequena praça da Igreja de Martes Santo, várias famílias - com crianças e idosos - dormiram na rua, temendo voltar para suas casas. As pessoas evitam os albergues porque temem ser assaltadas.

Em uma chuvosa manhã de domingo, as mulheres se organizaram para cozinhar na rua, enquanto os homens e as crianças trabalham retirando os escombros de suas casas: blocos de concreto, vigas de madeira, janelas e telhas destruídas.

"Seguimos sem água e sem luz, dormimos com as crianças na rua e ninguém veio nos ajudar", disse à AFP María de los Angeles Orozco.

Nas ruas de Juchitán se sucediam os cortejos fúnebres, sob o som de bandas, como é o costume desta cidade, habitada pricipalmente por indígenas da etnia zapoteca.

Entre as vítimas está Manuela Villalobos, 85 anos, que morreu com a queda do telhado de sua casa enquanto dormia.

"Era uma mulher muito forte, cuidava para que as novas gerações conhecessem as tradições de zapotecas, inclusive os rituais funerários", lembrou seu neto Cristian Juarez, 46 anos, médico.

O terremoto ocorreu às 23h49 locais de quinta-feira, perto da localidade de Tonalá (Chiapas), no Pacífico, a cerca de 100km da costa.

A Cidade do México, devastada em 1985 por um terremoto de 8,1 graus que deixou mais de 10 mil mortos, chegou a sentir o tremor, mas saiu ilesa.


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