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Estado de Minas

Atentado com van em Barcelona deixa 13 mortos e mais de 100 feridos


postado em 17/08/2017 20:16

Pelo menos 13 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas nesta quinta-feira em Barcelona, quando uma van avançou sobre uma multidão em Las Ramblas, turística avenida da capital catalã, em um ataque terrorista reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico.

"Podemos confirmar que já são 13 mortos e que há mais de 100 feridos" de várias nacionalidades, informou em coletiva o ministro do Interior do governo catalão, Joaquim Forn, ao indicar que poderia aumentar o número de mortos pela gravidade de alguns feridos.

O ataque foi reivindicado pela organização ultrarradical em um comunicado divulgado por sua agência de propaganda Amaq: "os autores do ataque de Barcelona eram soldados do Estado Islâmico".

"A operação foi realizada em resposta aos pedidos de alvejar os Estados da coalizão" internacional que atua na Síria e no Iraque contra o Estado Islâmico.

Por volta das 17h00 locais (12h00 de Brasília), uma van atravessou a toda velocidade a mais turística das avenidas de Barcelona, onde turistas espanhóis e estrangeiros costumam passear, e percorreu centenas de metros atropelando pessoas.

- Muito sangue -

Dois suspeitos foram detidos pelo atentado, um nascido no enclave espanhol de Melilla, no Marrocos, e um marroquino identificado como Driss Oukabir. No entanto, o motorista da van continua foragido, disse o porta-voz da polícia catalã, Josep Lluis Trapero.

Os detidos não têm antecedentes, declarou Trapero.

Oukabir foi detido em Ripoll, no norte da Catalunha, e o suspeito espanhol, em Alcanar, 200 km ao sul de Barcelona, onde ocorreu uma explosão em uma casa na madrugada passada, que deixou um morto.

"A suspeita é que estivessem preparando um artefato explosivo", assinalou Trapero.

Este ataque remete a outros atentados terroristas na Europa com veículos, como o de Nice em 14 de julho de 2016, quando um caminhão conduzido por um tunisiano foi lançado contra a multidão, matando 86 pessoas e deixando mais de 400 feridos.

Testemunhas descreveram cenas de terror na área.

"Estava ao lado, no Corte Inglês [loja de departamentos] e ouvi um barulho forte. Tentamos sair, mas não pudemos. Vi quatro, cinco corpos no chão e pessoas tentado reanimá-los, e muito sangue", contou à AFP Lily Sution, uma turista holandesa.

"Quando tudo aconteceu, saí correndo e vi destroços, quatro corpos no chão, pessoas socorrendo, gente chorando e também havia muitos estrangeiros que perderam os seus familiares", disse Xavi Pérez, de 26 anos e balconista.

- Reabertura do centro -

O Palácio Real espanhol condenou em duros termos o atentado no Twitter: "são uns assassinos, simplesmente uns criminosos que não vão nos aterrorizar. Toda a Espanha é Barcelona. Las Ramblas voltarão a ser de todos".

"Os terroristas nunca derrotarão um povo unido que ama a liberdade diante da barbárie", assinalou o chefe de Governo, Mariano Rajoy, que viajou a Barcelona junto com a sua vice-presidente e o ministro do Interior.

Depois de manter a área cercada por um cordão de segurança desde a hora do ataque, as autoridades informaram na noite desta quinta-feira que estavam retirando as restrições de acesso ao centro da cidade e o confinamento para as últimas pessoas que se mantinham abrigadas em lojas.

O ataque causou o fechamento das estações de metrô e de trem próximas à zona, enquanto cancelavam todas as "atividades lúdicas" do dia na cidade.

- Condenações -

"Os Estados Unidos condenam o ataque terrorista em Barcelona, na Espanha, e farão todo o necessário para ajudar", tuitou o presidente Donald Trump.

O presidente francês, Emmanuel Macron, transmitiu "a solidariedade da França às vítimas", enquanto a primeira-ministra britânica, Theresa May, disse que seu país "apoia a Espanha contra o terrorismo".

A Espanha, terceiro destino turístico mundial, permaneceu até agora à margem da onda dos atentados do grupo Estado Islâmico em grandes cidade europeias como Paris, Bruxelas, Londres, Nice e Berlim.

Mas em 11 de março de 2004 sofreu os atentados extremistas mais sangrentos cometidos na Europa, quando cerca de 10 bombas explodiram em vários trens de Madri, deixando quase 200 mortos. Os ataques foram reivindicados em nome da Al-Qaeda por uma célula islâmica radical.


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