(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Ataque cibernético atinge 74 países

Hackers infestam computadores de empresas no mundo e hospitais em Londres com vírus que trava e pede resgate


postado em 13/05/2017 00:12

 

Moscou – Mais de 70 países foram afetados por um ataque cibernético ontem, sendo que o mais prejudicado deles foi a Rússia, de acordo com empresas do setor. A companhia de antivírus russa Kaspersky Lab ZAO disse que o problema ocorreu em 74 países. O ataque atinge computadores, onde uma mensagem na tela passa a exigir o pagamento de um resgate para que o quadro seja revertido. Outra companhia de antivírus, a Avast Software, confirmou que o problema atingia computadores nos EUA, na Rússia, na Ucrânia e em Taiwan e que havia detectado mais de 57 mil amostras do problema ontem.

Vários hospitais britânicos foram atingidos pelo ciberataque, mas a primeira-ministra britânica Theresa May se apressou em afirmar que eles fizeram parte de um “ataque internacional” que afetou vários países. “Não se trata de um ataque contra o NHS (sistema nacional de saúde), mas um ataque internacional e vários países e organizações foram afetados”, afirmou.  Dezesseis hospitais e clínicas britânicos foram atingidos e tiveram de cancelar consultas e desviar ambulâncias, por causa do ataque cibernético.

O organismo governamental que gerencia a saúde pública britânica anunciou que “certas organizações do NHS informaram que a NHS Digital que se viram afetadas por um ataque informático”, que obrigou a cancelar consultas médicas. Os serviços de segurança cibernética “trabalham estreitamente com os serviços digitais do NHS para garantir (...) a segurança dos pacientes”, assegurou May. Não havia informações sobre roubo de informações pessoais de pacientes, garantiu. Ao menos 16 organismos do NHS britânico informaram ataques.

Na Espanha, praticamente na mesma hora, várias companhias, entre elas a gigante de telecomunicações Telefónica, que teve que desligar seus computadores, foram vítimas de ciberataques com um vírus do mesmo tipo que o britânico. “É um vírus. Estamos esperando para ver as implicações”, afirmou uma fonte da Telefónica que pediu anonimato. “O vírus afetou centenas de computadores na sede central”. O ministério da Energia confirmou que “o ataque afetou pontualmente equipamentos de informática de trabalhadores de várias empresas”, infectados com um vírus do tipo “ransomware”, que bloqueia os arquivos até o pagamento de um resgate.

“O ataque afetou pontualmente equipamentos informáticos de trabalhadores de várias companhias. Portanto, não afetou nem a prestação de serviços, nem a operação das redes, nem ao usuário desses serviço”, afirmou o ministério em um comunicado publicado em Madri. “O ciberataque não compromete a segurança dos dados nem se trata de um vazamento de dados”, insistiu o ministério da Energia, que também se encarrega das questões digitais.

O Centro Criptológico Nacional (CCN), a divisão dos serviços de inteligência encarregada da segurança das tecnologias da informação, assegurou que se trata de “um ataque em massa de ramsomware”, que afeta os “sistemas Windows cifrando todos seus arquivos e os das unidades de rede que estejam conectados”. O “ransomware” é um pequeno programa informático, que se oculta em um arquivo de aparência inofensiva. Uma vez infectado, o usuário não pode ter acesso a seus arquivos enquanto não for pago um resgate.

A imprensa russa noticiou que o Comitê Investigativo, principal agência de investigação criminal do país, também foi atacado. O Comitê Investigativo, porém, negou a informação. A Megafon, importante operadora de celulares da Rússia, também disse que foi alvo de ataques similares aos ocorridos em hospitais do Reino Unido. Dezesseis hospitais e clínicas britânicos foram atingidos e tiveram de cancelar consultas e desviar ambulâncias, por causa do ataque cibernético.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)