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Estado de Minas

Panorama dos movimentos de extrema direita na Europa


postado em 07/05/2017 22:52

Confira abaixo o panorama dos principais partidos de extrema direita na União Europeia (UE), depois do segundo turno da eleição presidencial francesa, neste domingo (7):

- França

Marine Le Pen, presidente da Frente Nacional (FN), partido criado por seu pai em 1972, é derrotada por Emmanuel Macron no segundo turno da eleição presidencial francesa, com cerca de 35% dos votos.

Depois de fazer uma campanha concentrada na saída da zona euro, no restabelecimento das fronteiras nacionais e na limitação da imigração no país, ela obteve 7,6 milhões de votos no primeiro turno (21,3%) - um resultado inédito para a FN.

Em 2002, seu pai já havia chegado ao segundo turno, mas foi massacrado por Jacques Chirac, que se elegeu com 82,21%.

- Holanda

O Partido pela Liberdade (PVV) anti-Islã de Geert Wilders se tornou, em 15 de março passado, a segunda força do Parlamento holandês, atrás dos liberais do VVD, com 20 das 150 cadeiras - cinco a mais do que nas eleições de 2012.

- Hungria

Presidido por Gabor Vona, o Jobbik (Movimento por uma Hungria Melhor) é a segunda força do Parlamento, com 24 deputados.

Frente à linha dura anti-imigração e autoritária do primeiro-ministro conservador Viktor Orban, o Jobbik se afastou um pouco dos lemas violentamente racistas e antissemitas de seus primórdios para se concentrar na corrupção, na saúde e na educação.

- Áustria

Fundado em 1956 por antigos nazistas, o Partido Liberal da Áustria (FPÖ) compreende correntes pangermânicas e liberais.

Classificado para o segundo turno das eleição presidencial de dezembro de 2016, seu candidato Norbert Hofer fracassou em sua tentativa de se tornar o primeiro presidente de extrema direita de um Estado europeu.

O FPÖ conta com 38 deputados no Parlamento nacional.

- Alemanha

A Alternativa para a Alemanha (AfD), formação populista anti-imigrantes criada em 2013 e que flerta com a extrema direita, aspira a se tornar, nas eleições legislativas de 24 de setembro, o primeiro partido de direita dura a entrar no Bundestag desde 1945.

- Itália

Antigo movimento separatista, a Liga Norte se transformou, desde 2014, sob o impulso de Matteo Salvini, em um partido antieuro e anti-imigrantes. No início de dezembro de 2016, militou com sucesso pelo "não" no referendo sobre uma revisão da Constituição, resultado que levou à queda do governo de Matteo Renzi.

Apesar de seu pouco peso no sul do país, a Liga Norte conquistou 18 cadeiras na Câmara dos Deputados nas eleições legislativas de 2013.

- Bélgica

O Vlaams Belang (VB, Interesse Flamengo) defende a independência de Flandres, província de fala flamenga da Bélgica. Desde junho de 2014, ocupa três dos 150 assentos na Câmara de Representantes. Trata-se de um claro retrocesso, depois que seu eleitorado aderiu ao partido nacionalista Nova Aliança Flamenga (N-VA).

- Grécia

Partido neonazista xenófobo de Nikos Michaloliakos, o Aurora Dourada (AD) registrou uma nova vitória nas eleições legislativas de setembro de 2015 com a reeleição de 18 deputados. No início de março, porém, o partido, dos quais 13 deputados estão sendo julgados por formação criminosa, perdeu seu lugar de terceira força do Parlamento em benefício do PASOK (socialista), após sofrer a deserção de um deputado.

- Suécia

Os Democratas da Suécia (SD) tiveram um avanço histórico em setembro de 2014, ao se tornar a terceira força do país com 13% dos votos. Tem 48 cadeiras das 349 do Parlamento, após expulsar uma deputada por antissemitismo em fevereiro.

Criado em 1998 e presidido por Jimmie Åkesson, esse partido nacionalista e anti-imigração se distanciou dos pequenos grupos racistas e violentos, muito ativos nos anos 1990.

- Eslováquia

Nossa Eslováquia (LSNS), o partido neonazista de Marian Kotleba lançado em 2012, beneficiou-se do temor dos migrantes para fazer sua entrada no Parlamento em março, com 14 cadeiras de um total de 150.

- Bulgária

Em terceiro nas legislativas de março como parte da coalizão "Patriotas Unidos", os nacionalistas búlgaros entraram em maio no governo, com quatro pastas - duas delas de vice-primeiro-ministro.

Abertamente hostis às minorias turca e cigana, aos imigrantes e aos homossexuais, o "Patriotas Unidos" diz ser pró-UE e pró-Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). A coalizão está composta por três partidos, entre eles a ultrarradical União Nacional Ataque (Ataka), surgida em meados dos anos 2000. A Ataka adota uma retórica muito agressiva, que reivindica "A Bulgária para os Búlgaros".


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