"Algumas das vítimas morreram eletrocutadas" durante saques "e outras por ferimentos causados por armas de fogo", declarou a Procuradoria, que também mencionou a morte de um homem no popular bairro Petare, a leste de Caracas, cuja morte já havia sido relatada pelo prefeito da cidade. Em El Valle, área pobre densamente povoada, uma verdadeira batalha se estendeu das nove da noite até o amanhecer.
Veículos da militarizada Guarda Nacional e da polícia dispersaram com gás lacrimogêneo pequenos protestos de pessoas que criaram barricadas de lixo em muitas esquinas, o que provocou enfrentamentos violentos. Além disso, saques foram registrados contra dezenas de estabelecimentos comerciais.
Nesta sexta-feira, os moradores da região retiravam as barricadas de lixo, vidro e outros destroços resultantes dos ataques às lojas. O governo e a oposição culpam um ao outro pelos episódios de violência durante os protestos iniciados no dia 1º de abril.
De acordo com a ONG Foro Penal, além dos mortos, os protestos deixam centenas de detidos e feridos.
Os confrontos e a desordem ocorreram no final de um dia em que milhares de pessoas marcharam nas ruas do leste da capital e de outras cidades para exigir eleições gerais, um dia depois de uma mobilização maciça de opositores que deixou três mortos.