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Estado de Minas

Sobe para 200 número de mortos em deslizamento na Colômbia

O último boletim da Cruz Vermelha colombiana reportava também 202 feridos e 220 desaparecidos


postado em 02/04/2017 09:15 / atualizado em 02/04/2017 10:43

Imagens divulgadas pelos socorristas são impactantes: ruas cobertas de terra, soldados carregando crianças, pessoas chorando, veículos destruídos e lixo nas ruas.(foto: AFP / LUIS ROBAYO )
Imagens divulgadas pelos socorristas são impactantes: ruas cobertas de terra, soldados carregando crianças, pessoas chorando, veículos destruídos e lixo nas ruas. (foto: AFP / LUIS ROBAYO )

Pelo menos 200 mortos e centenas de feridos e desaparecidos deixou, no sul da Colômbia, um deslizamento de terra causado pela cheia de três rios após tempestades, anunciou a Cruz Vermelha da Colômbia (CRC) em um balanço divulgado neste domingo. "No momento, há o seguinte registro dos órgãos de socorro presentes na região: 17 bairros afetados, 300 famílias afetadas, 202 feridos, 234 mortos (174 identificados), 158 casos registrados de busca de familiares (151 abertos e sete fechados), 25 residências destruídas", diz o texto.


O último boletim da Cruz Vermelha colombiana reportava também “202 feridos e 220 desaparecidos”, após o deslizamento que ocorreu às 23h30 locais de sexta-feira pelo transbordamento dos rios Mocoa, Mulato e Sangoyaco, no departamento de Puntamayo.


Mocoa, um município de 40 mil habitantes, está sem energia elétrica e água. As imagens divulgadas pelos socorristas são impactantes: ruas cobertas de terra, soldados carregando crianças, pessoas chorando, veículos destruídos e lixo nas ruas. “Há muita gente nas ruas, muita gente prejudicada, muitas casas destruídas”, descreveu por telefone Hernando Rodríguez, um aposentado de 69 anos, à Agência France-Presse (AFP). Segundo esse morador de Mocoa, “as pessoas não sabem o que fazer”, porque “não havia preparação” para uma catástrofe assim. “Apenas não estamos nos dando conta do que aconteceu”, acrescentou.

RESGATES Diante da magnitude do ocorrido, Santos declarou estado de “calamidade pública” para “agilizar” as operações de resgate e ajuda, segundo escreveu no Twitter. “Não sabemos quantas serão (as vítimas de morte), continuamos buscando”, disse Santos mais cedo, antes de chegar à área.

A tragédia é de “grande dimensão”, afirmou o diretor-geral de emergência da Cruz Vermelha colombiana, César Urueña, à AFP, ao reportar a “velocidade impressionante” com que aumenta o balanço de mortos e feridos. “À noite, choveu 13 centímetros, comumente em um mês aqui chove 40 centímetros. O que isso quer dizer? Que 30% da chuva de um mês ocorreu nesta noite, e isso precipitou uma súbita cheia de vários rios [...] e isso causou uma avalanche”, declarou Santos. Urueña explicou que o afluente do rio se misturou com a terra e os “materiais” das ruas, como resíduos e lixo, e provocou o desastre.

DRAMA “É uma tragédia sem precedentes, [há] centenas de famílias que ainda não encontramos, bairros desaparecidos”, disse a governadora de Puntamayo, Sorrel Aroca, à W Radio. As águas carregaram diversas casas, postes de eletricidade, veículos, árvores, e destruíram pelo menos duas pontes, acrescentou o Exército, cujos soldados apoiam os trabalhos de resgate e socorro. “A situação de Mocoa é dramática. Pedimos a solidariedade de toda a Colômbia”, escreveu no Twitter o vice-ministro do Interior, Guillermo Rivera.

Segundo a Unidade Nacional para a Gestão do Risco de Desastres (UNGRD), há 300 famílias afetadas. Uma sala de crise com autoridades locais, soldados, policiais e membros de organismos de socorro trabalha na busca por desaparecidos e na remoção do material, apontou Carlos Iván Márquez, diretor da UNGRD.

A entidade indicou em um comunicado que está mobilizando para o local mais de sete toneladas de equipamentos para o fornecimento de água, eletricidade e atendimento pré-hospitalar. Um milhão de pessoas estão ajudando nos trabalhos de resgate.

Santos chegou a Mocoa acompanhado pelos ministros de Defesa, Saúde, Meio Ambiente, o comandante das forças militares, o diretor da Polícia e diretores de organismos de socorro, entre outros.

O ex-presidente Álvaro Uribe, que ontem liderava uma manifestação nacional contra o governo de Santos, se solidarizou com as vítimas. “Muita solidariedade com os compatriotas que foram afetados por esta onda de inverno”, disse o agora senador em Medellín.

Caos no Peru

A “onda de inverno” na América do Sul não afetou somente a Colômbia. O Peru vem enfrentando desde o início do ano chuvas e deslizamentos de terra que até o momento deixaram 101 mortos e mais de um milhão de afetados.


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