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Estado de Minas

Os 'filhos do Daesh', um 'perigo para o futuro'


postado em 15/03/2017 17:37

As crianças nascidas na Síria de combatentes do grupo Estado Islâmico (EI), "militarmente treinados desde os sete ou oito anos de idade", podem constituir um "perigo para o futuro", consideraram nesta quarta-feira autoridades belgas responsáveis por casos de terrorismo.

"A Bélgica ainda possui cerca de 160 pessoas na Síria, homens e mulheres, e cerca de 20 desejam retornar" à Bélgica, indica a um grupo de jornalistas uma dessas autoridades, falando sob condição de anonimato, alguns dias antes do primeiro aniversário dos ataques reivindicados pelo EI que fez 32 mortos no metrô e no aeroporto de Bruxelas, em 22 de março de 2016.

Não há nenhum sinal de retorno em massa de combatentes da Síria e "a maioria daqueles que querem voltar são mulheres, que desejam retornar porque tiveram filhos", acrescenta.

Segundo essa autoridade, cerca de "80" destes são filhos de combatentes que partiram da Bélgica. Um número "similar" ao de crianças nascidas de extremistas de outros países europeus, estima, citando dados do "80 crianças para a Holanda" e "200 ou 300 para a França".

"Mesmo que eles não representem uma ameaça imediata, poderiam ser o perigo de amanhã", acrescenta o funcionário belga, segundo o qual, para além dos 80 ainda na Síria, "18 já retornaram".

"Nós sabemos que dentro do Daesh (sigla em árabe do EI), essas crianças, uma vez completados sete, oito ou nove anos, recebem treinamento militar, eles sofrem lavagem cerebral... Então, é claro, passam a ser um risco. Elas viram atrocidades, bombardeios. É uma questão delicada, intrincado", considera.

Se, para as mães, a procuradoria belga encarregada de casos de terrorismo emite regularmente mandados de detenção, no caso das crianças, cada uma é submetida a um procedimento diferente, que depende dos promotores locais, explicou outra autoridade.

"Para as crianças, tentamos integrar desde o início a dimensão da proteção social. Para os adultos, uma vez que deixam a prisão, devemos também envolvê-los em um processo desradicalização", afirma a fonte.


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