A passarela se tornou um conto de fadas pelas mãos da italiana Maria Grazia Chiuri, que assinou nesta segunda-feira (23) seu primeiro desfile de alta costura para a Dior, em Paris.
As primeiras modelos desfilaram com máscaras de borboleta e aranha em um labirinto de vegetação.
Os vestidos eram longos, ajustados na cintura e as modelos caminhavam próximas a uma árvore mágica de onde pegavam cartas de tarô, um toque da superstição lendária do fundador Christian Dior.
O desfile, no jardim do museu Rodin, exibiu símbolos de astrologia bordados em vestidos bustiê.
Um deles, com franjas, precisou de 1.900 horas de trabalho para apresentar flores bordadas de ráfia.
Para acompanhar os vestidos de baile, o estilista britânico Stephen Jones imaginou coroas de flores com toques de plumas.
Nos pés, sapatos com calcanhar baixo: "A costura tem que mágica, mas ao mesmo tempo tem que poder ser usada", disse à AFP Maria Grazia Chiuri, que no ano passado substituiu Raf Simons.
A ex-diretora artística da Valentino, primeira mulher a ocupar este cargo na Dior, multiplicou as referências ao criador da marca, que neste ano comemora 70 anos de história. Mas também deu seu toque pessoal, com seu gosto pela feminilidade refinada.
A designer começou a trabalhar para a Dior em setembro do ano passado com uma coleção prêt-à-porter combativa, em torno da frase "todos devemos ser feministas".
"Fico feliz de ver que homens e mulheres consideram importante falar da igualdade de direitos, porque chegamos a pensar de forma equivocada que era algo adquirido", disse.
A Semana de Alta Costura primavera/verão começou no domingo (22) e continuará até quinta-feira (26).