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Estado de Minas

Convenção Nacional Democrata tem missão de fortalecer Hillary Clinton

Governistas pretendem destacar experiência política da candidata e pessimismo do rival


postado em 25/07/2016 10:50

Hillary Clinton durante comício de campanha na Universidade Internacional da Flórida, em Miami em 23 de julho(foto: AFP / Gaston De Cardenas )
Hillary Clinton durante comício de campanha na Universidade Internacional da Flórida, em Miami em 23 de julho (foto: AFP / Gaston De Cardenas )

Superar a desconfiança dos norte-americanos e responder às críticas feitas pelo rival, Donald Trump, são algumas das prioridades de Hillary Clinton para a Convenção Nacional Democrata, realizada a partir de hoje na Filadélfia. Em uma posição mais segura e confortável do que o concorrente republicano — que enfrentou sinais claros de divisão, na semana passada —, o encontro governista marca o início oficial da campanha nacional da ex-secretária de Estado contra o polêmico empresário.

Ao longo dos quatro dias de reunião, as atividades do partido serão guiadas por temas relativos à unificação dos americanos, pelos esforços conjuntos para conduzir a nação e por discursos que devem enaltecer as capacidades de Hillary. A ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama deve receber o voto de pelo menos 2.800 dos 4.763 delegados do partido, mas chega à etapa de coroação como candidata quase empatada com Trump nas pesquisas de intenção de voto. Enquanto pesquisas recentes mostram vantagem de apenas dois pontos percentuais para a democrata, a média das sondagens calculada pelo site Real Clear Politics aponta que Hillary tem 44% de apoio dos americanos, contra 41% para Trump.

Diante da chuva de ataques que recebeu durante a convenção opositora, integrantes de sua equipe deram indícios de que devem rebater as críticas. Os democratas vão procurar apresentar o magnata como alguém pessimista, que oferece ódio e divisão como soluções para os problemas dos Estados Unidos. Apesar de a democrata se agarrar ao sentimento anti-Trump e a seu vasto currículo na vida política, ela ainda não demonstrou a capacidade de mobilizar multidões que garantem vitória fácil nas urnas — como fez o antecessor, Barack Obama, na campanha de 2008.

Richard Crosby, especialista em comunicação da Iowa State University, observa que, embora tenha apoio partidário mais sólido, Hillary carece de militantes fervorosos e precisa cativar aqueles que a enxergam como uma representante do establishment, assim como os eleitores que votaram pelo senador Bernie Sanders nas primárias. “Sanders terá grande papel na convenção. Se ele conseguir demonstrar forte entusiasmo por ela, seu caminho até novembro será muito mais fácil”, avalia.

Para Crosby, Trump identificou a questão como uma fraqueza da concorrente e deve brigar pelos votos de Sanders. Embora o republicano tenha salientado o fato de que as primárias da oposição registraram um aumento de 60% de participação e que a votação governista foi 20 pontos percentuais menor do que nas eleições de 2012, Wayne Steger, cientista político da DePaul University, considera que o republicano apenas motivou pessoas que não participavam das prévias há anos. “Isso não o ajuda a vencer a eleição”, pondera.


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