Manifestantes anti-Donald Trump foram às ruas de Nova York, nesta quinta-feira, pedir ao gigante do varejo Walmart que siga o exemplo de outras grandes companhias e desista de patrocinar a Convenção Nacional do Partido Republicano, que acontece este mês.
"Chega de ódio, fora Trump!", gritavam dezenas de manifestantes na Quinta Avenida, do lado de fora da Trump Tower, referindo-se às declarações frequentemente racistas, sexistas e xenófobas do candidato.
"Os valores da Walmart são os mesmos valores de Donald Trump?", questionava uma enorme faixa.
O grupo pediu à Walmart que tome a mesma atitude de outras grandes empresas, que decidiram não patrocinar eventos e atividades na Convenção Republicana que acontece em Cleveland, Ohio, entre 18 e 21 de julho. Lá, Trump deve ser anunciado oficialmente candidato republicano à presidência dos EUA.
Entre as empresas e bancos que já cancelaram sua participação estão Apple, Wells Fargo, UPS e Ford. Outras, como a Coca-Cola, reduziram substancialmente sua contribuição.
"Outros já pularam fora da convenção para contestar a agenda de Trump", comentou Audrey Sasson, do grupo "Walmart-Free NYC", denunciando "o ódio e o racismo" do virtual candidato republicano.
"Estamos questionando por que a Walmart não está fazendo a mesma coisa e se devemos assumir que compartilham a agenda dele", disse ela, enquanto circulava um abaixo-assinado para pedir a retirada da Walmart.
"Se não fizerem nada, vamos continuar a pressão", acrescentou.
O ato em Nova York foi lançado junto com outros de mesma natureza em Chicago, Washington e São Francisco pelo grupo Making Change at Walmart ("Fazendo mudanças na Walmart"), apoiado pelo sindicato e que critica os baixos salários pagos pela empresa.