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Estado de Minas

Segunda caixa-preta do avião da EgyptAir é recuperada

De acordo com a comissão de investigação egípcia, "a parte mais importante, que contém a memória do aparelho" está intacta


postado em 17/06/2016 07:55 / atualizado em 17/06/2016 08:29

Avião da EgyptAir que caiu no Mediterrâneo em 19 de maio deste ano (foto: AFP / THOMAS SAMSON )
Avião da EgyptAir que caiu no Mediterrâneo em 19 de maio deste ano (foto: AFP / THOMAS SAMSON )

A segunda caixa-preta do avião da EgyptAir que caiu no Mediterrâneo em 19 de maio foi recuperada, anunciou nesta sexta-feira a comissão de investigação egípcia.

A segunda caixa-preta, o Gravador de Dados de Voo (FDR na sigla em inglês), "foi encontrada em vários fragmentos", mas as equipes de busca conseguiram recuperar "a parte mais importante, que contém a memória do aparelho", afirma um comunicado da comissão.

Na quinta-feira, a primeira caixa-preta do avião havia sido encontrada no Mediterrâneo, quase um mês depois do acidente, e sua análise poderá contribuir para o esclarecimento das causas da catástrofe. O gravador de voz "foi achado nos destroços", segundo um comunicado da comissão de investigação egípcia. Mas, os investigadores puderam "recuperar a parte que contém a memória do aparelho e que é a parte mais importante do gravador", segundo o texto.

Esta caixa-preta, que funciona como um gravador, só contém até duas horas de conversas. Inclui as vozes do comandante do voo e do copiloto, as comunicações entre a cabine, o chefe de cabine e os auxiliares de voo e inclusive os ruídos no fundo no avião. A promotoria egípcia ordenou entregar a caixa-preta a um comitê técnico "para recuperar e analisar as conversas", segundo o comunicado.

Um acidente?

Inicialmente, o Egito considerou a possibilidade de um atentado. Sete meses antes havia explodido uma bomba a bordo de um voo que decolou da cidade turística de Sharm el Sheikh com 224 ocupantes, em sua maioria turistas russos. O atentado foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI).Com o tempo, a hipótese de um acidente técnico ganhou força, devido a ausência de reivindicação e sobretudo às falhas registradas a bordo do avião antes de cair no mar.

O voo MS804, que decolou de Paris no dia 18 de maio pouco depois das 23h locais, desapareceu dos radares a uma altitude de 11 km sobre o Mediterrâneo quando teria acabado de entrar no espaço aéreo egípcio. Pouco antes do desaparecimento, e durante dois minutos, o sistema de transmissão de dados automático indicou a ativação de dez alarmes de bordo. Indicavam a presença de fumaça na cabine, em um banheiro e sob a cabine de pilotagem, e relatavam uma falha no computador encarregado pelos controles.

A comissão de investigação egípcia, respaldada pelos investigadores franceses e especialistas da Airbus, confirmou na segunda-feira (13) que o avião fez um giro de 90 graus para a esquerda e depois de 360 graus para a direita, provavelmente antes de explodir.

A aeronave transportava 40 egípcios, incluindo a tripulação, e 15 franceses, assim como dois iraquianos, dois canadenses, e cidadãos da Argélia, Bélgica, Reino Unido, Chad, Portugal, Arábia Saudita e Sudão.

Em 1 de junho, o navio da Marinha francesa "Laplace" detectou sinais de localização das duas caixas-pretas, mas naquele momento não tinha conseguido encontrá-las. O "John Lethbridge" chegou na área em 10 de junho. As baterias de localização dos gravadores irão acabar em 24 de junho, segundo os investigadores.

 

 


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