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Estado de Minas

Presidente eleito das Filipinas anuncia que líder comunista pode retornar do exílio


postado em 16/05/2016 06:40

O líder da rebelião comunista filipina poderá voltar para casa depois de passar três décadas no exílio e participar em negociações de paz, anunciou o presidente eleito do país, Rodrigo Duterte.

O fundador do Partido Comunista das Filipinas, José Maria Sison, escreveu na semana passada em sua página do Facebook que espera retornar ao país depois da vitória eleitoral de Duterte, com quem mantém vínculos de seu exílio na Holanda.

"Quando fizer meu juramento (...) devem saber que eu sou o governo e o inimigo, mas ofereço minha mão em sinal de paz, e podemos conversar", disse em uma entrevista coletiva.

Duterte, que foi aluno de Sison em uma universidade de Manila nos anos 1960, afirmou no domingo que está aberto à possibilidade de libertar presos comunistas e não descartou a hipótese de nomear em seu governo ministros deste partido.

Em sua primeira entrevista coletiva desde que venceu a eleição presidencial de 9 de maio, Duterte afirmou no domingo que o retorno de Sison será fundamental para acabar com uma rebelião que provocou 30.000 mortes desde os anos 1960.

"Claro que é bem-vindo. Estou feliz com a notícia de que volta para casa. Gostaria muito de conversar com ele sobre a resolução do problema da insurgência", disse Duterte à imprensa na cidade de Davao (sul), da qual é prefeito há duas décadas.

Sison, 77 anos, fugiu para a Europa pouco depois do fracasso das negociações de paz em 1987.

O braço armado dos comunistas, o Novo Exército Popular, tem menos de 4.000 milicianos, bem abaixo dos 26.000 dos anos 1980.

Mas a milícia ainda recebe apoio nas zonas rurais. No sábado, o Novo Exército Popular matou três soldados na região central do país.

O atual presidente filipino, Benigno Aquino, retomou as negociações pouco depois de assumir o governo em 2010, mas interrompeu as mesmas em 2013, quando denunciou a falta de vontade dos rebeldes.

Os comunistas desejavam a libertação de vários colegas, que consideram "presos políticos", uma classificação rejeitada pelo governo de Aquino.


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