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Estado de Minas

Eleições no Níger sob forte tensão


postado em 21/02/2016 09:10

Os primeiros eleitores nigerinos foram às urnas neste domingo para escolher seu presidente, apesar dos atrasos na abertura da maioria dos colégios eleitorais, num país mergulhado na pobreza e sob a ameaça de ataques jihadistas.

Quase 7,5 milhões de pessoas devem eleger entre um total de 15 candidatos em uma eleição presidencial simultânea às legislativas.

No colégio eleitoral da prefeitura de Niamei, reservado aos oficiais e onde deve votar o presidente Mahamadou Issoufou, de 63 anos, que disputa um segundo mandato, o primeiro eleitor depositou seu voto às 8H05 (4h05 de Brasília), cinco minutos a abertura oficial das urnas.

Contudo, na mesma hora, o material eleitoral começava a chegar no colégio eleitoral de Yantala, no bairro de Plateau

Segundo várias testemunhas, a situação era a mesma em vários locais de voto na capital.

Mahamadou Issoufou prevê uma vitória por nocaute no primeiro turno, frente a uma oposição muito fragmentada. Seus adversários, no entanto, prometeram se unir para o segundo turno.

A campanha foi marcada por confrontos entre opositores e partidários do presidente.

Um dos candidatos, Hama Amadou, foi preso há dois meses por envolvimento com o tráfico de bebês.

Outros temas complexos como a prisão de membros da sociedade civil, o medo de ataques jihadistas e a impugnação das listas eleitorais também afetaram sobre a campanha.

Issoufou foi eleito em 2011 depois de uma votação convocada pela junta que derrubou o carismático Mamadu Tandja (1999-2010).

Nas eleições se enfrentam dois ex-primeiros-ministros: Seini Oumarou, do ex-partido de Tandja, e Hama Amadou. Também estão na disputa Mahamane Ousmane, o primeiro presidente eleito democraticamente (1993-1996) e um quarto candidato, Amadou Boubacar Cissé, conhecido como "ABC".

Um dos temas da campanha é a luta contra a miséria e os problemas gerados pela mudança climática.

O país, em que cerca de 76% da população vive com menos de dois dólares por dia, tem uma demografia em ebulição, com a maior taxa de natalidade do mundo.

A crescente desertificação, por outro lado, gerou caóticas migrações para outras cidades.

Em 2016, quase de dois milhões de pessoas precisarão de ajuda alimentar, segundo a ONU.

Outra preocupação é a mobilização do exército para conter a ameaça do grupo jihadista Boko Haram, que de suas posições na vizinha Nigéria, também ataca o Níger.

No norte, o país também sofre com os ataques dos jihadistas do Sahel.

A corrupção também é um tema quente.

A esperança do presidente é que o eleitorado aposte na continuidade, segundo uma fonte do partido no poder.

Já conscientes de que haverá um segundo turno, os candidatos da oposição acertaram dar seu apoio a quem avançar para a próxima fase da votação.

Os observadores consideram possível uma vitória do atual presidente já no primeiro turno, mas em uma eleição em que não há pesquisas de opinião e muitos eleitores votarão pela primeira vez, o resultado é algo impossível de prever.

No sábado, o presidente da comissão eleitoral nacional independente (Céni) Ibrahim Boubé indicou que "todas as medidas foram tomadas" para que a eleição "aconteça em boas condições".


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