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Estado de Minas

John Kerry reúne executivos de Hollywood para combater propaganda do Estado Islâmico

Encontro aconteceu com diretores de estúdios cinematográficos gigantes como Universal, Fox, Sony e Warner Bros


postado em 17/02/2016 14:49 / atualizado em 17/02/2016 15:34

O secretário de Estado americano John Kery se reuniu nesta terça-feira com chefes dos maiores estúdios de Hollywood para debater ideias de combate ao Estado Islâmico. Executivos da Universal, Fox, Sony, Warner Bros e outras grandes empresas da indústria cinematográfica estiveram presentes na reunião, que teve como objetivo discutir uma alternativa à narrativa amplamente divulgada pelos jihadistas, que usam de vídeos extremamente produzidos para atrair e recrutar combatentes, apoiadores e seguidores em todo o mundo.

Segundo informações do jornal britânico The Guardian, a conversa durou cerca de 90 minutos e foi realizada nas dependências do Universal Studios. Um participante teria afirmado que o encontro foi uma troca de ideias de como Hollywood e o governo devem trabalhar em conjunto para criar narrativas transculturais no combate à propaganda do EI. O secretário tuitou um registro da reunião com a legenda: "Ótima conversa com executivos de estúdio em Los Angeles. É bom ouvir suas perspectivas e ideias de como combater a narrativa do #Daesh".



Daesh é um dos termos usados para mencionar o Isis (Islamic State of Iraq and Syria), e é um acrônimo para "al-Dawla al-Islamiya fil Iraque wa al-Sham", frase em árabe que se traduz como Estado Islâmico do Iraque e Sham (Síria). A palavra se assemelha ao termo "Dahes", que quer dizer "aquele que semeia discórdia". Sendo assim, é usado também como forma de insultar o grupo.

Tal preocupação do governo americano se dá pelo alto grau de atração que os vídeos cinematográficos divulgados pelo EI vêm exercendo. Neles, são exibidos o poderio bélico e territorial da organização, além de um estilo de vida heroico e aventureiro que estaria à espera de quem se juntasse à luta. Entre os mais impressionantes, os jihadistas já publicaram um longa com mais de uma hora de duração para divulgar a produção e circulação da moeda oficial nos territórios tomados, o dinar de ouro.

(foto: Reprodução da Internet)
(foto: Reprodução da Internet)


O filme ou documentário, chamado "O surgimento do califa e o retorno do dinar de ouro", não deixa nada a desejar em relação às grandes produções hollywoodianas. Com legendas traduzidas para diversos idiomas, os extremistas ameaçavam o "sistema financeiro capitalista de escravidão" dos Estados Unidos.

(foto: Reprodução da Internet )
(foto: Reprodução da Internet )


O Estado Islâmico investe também nas redes sociais como forma de recrutar combatentes, além de manter uma revista online mensal para publicar as principais notícias da organização, como ações, conquistas, pedidos de resgate de prisioneiros, execuções e artigos sobre o Islã.


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