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Estado de Minas

Morre o maestro alemão Kurt Masur aos 88 anos


postado em 19/12/2015 14:10 / atualizado em 19/12/2015 18:38

Kurt Masur dirigiu a Filarmônica de Nova York por 11 anos(foto: AFP PHOTO/Doug KANTER)
Kurt Masur dirigiu a Filarmônica de Nova York por 11 anos (foto: AFP PHOTO/Doug KANTER)

O alemão Kurt Masur, um dos grandes regentes de orquestra do mundo, faleceu neste sábado aos 88 anos - anunciou o presidente da Filarmônica de Nova York, Matthew VanBesien.

"É com profunda tristeza que escrevo em nome da família Masur e da Filarmônica de Nova York para informar que Kurt Masur, que foi nosso diretor musical de 1991 a 2002 e mantém o título emérito, faleceu em 19 de dezembro de 2015", informou VanBesien.

Em 2012, Masur anunciou que sofria do Mal de Parkinson.

Nascido na Silésia em 17 de julho de 1927, Masur dirigiu algumas das maiores orquestras do mundo, principalmente a Filarmônica de Nova York (1991-2002), a Orquestra Nacional da França (ONF), em Paris, e a Orquestra Filarmônica de Londres.

Masur ganhou prestígio e elogios ao transformar a Filarmônica de Nova York, elevando seu perfil em nível global com 17 turnês ao redor do mundo, incluindo uma viagem à China. Hoje, o país asiático é uma das principais paradas nas atividades internacionais da orquestra.

"Os anos de Masur na Filarmônica de Nova York representam uma de suas épocas douradas, na qual o fazer musical esteve infundido de compromisso e de devoção, com a crença no poder da música para unir a humanidade", disse o atual diretor musical, Alan Gilbert, em um comunicado.

"As dimensões ética e moral que sua direção trouxe ainda são palpáveis nas interpretações dos músicos, e eu, junto com os públicos da Filarmônica, temos muito a lhe agradecer", completou.

Estilo severo
Masur foi aclamado ao dominar a cena depois dos atentados do 11 de Setembro, em 2001, dirigindo a Filarmônica com maestria, no "Um réquiem alemão", de Brahms, durante o funeral das vítimas. O evento foi transmitida pela televisão em rede nacional.

O diretor também recebeu elogios por seu "timing" do momento histórico, em 1989, imediatamente antes da Queda do Muro de Berlim.

Então regente da Orquestra Gewandhaus, de Leipzig, e leal à Alemanha Oriental, Masur liderou um concerto transmitido por rádio em outubro daquele ano, pedindo aos manifestantes que mantivessem a calma.

As tropas não abriram fogo, e Masur pôde continuar a apresentação, ajudando a conter a tensão com um tom não violento na reunificação da Alemanha.

Mas o estilo rígido de Masur nem sempre lhe trouxe amigos entre os músicos e o pessoal administrativo. Um tempo depois de sua saída da Filarmônica de Nova York, revelou que sua decisão não foi voluntária.

Em abril de 2012, como diretor musical honorário da ONF, Masur caiu acidentalmente do palco em que comandava a orquestra do Teatro de Champs-Élysées e fraturou a omoplata.

Masur era um apaixonado pelas composições de Bach, Mendelssohn, Brahms e Beethoven.

 


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