A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol) condenou, nesta quarta-feira, recentes assassinatos de jornalistas no Brasil e na Colômbia e solicitou às autoridades uma investigação para levar os culpados à Justiça.
Orislandio Timóteo Araújo, de 37 anos, conhecido como Roberto Lano, foi morto com um disparo na cabeça quando andava de moto com a mulher, em 21 de novembro passado, na cidade de Buriticupu, no Maranhão. Ele escrevia para um blog político.
O repórter é o terceiro jornalista assassinado no Brasil em duas semanas, alertou a SIP no comunicado.
O encarregado da liberdade de expressão da SIP, o uruguaio Claudio Paolillo, manifestou sua "consternação e extrema preocupação diante da escalada de assassinatos no Brasil".
Na Colômbia, Dorance Herrera foi morto a tiros na última segunda-feira, no município de Caucasia, no noroeste do país.
Herrera, de 28, era colaborador de um jornal regional, para o qual fez uma matéria investigativa sobre grupos criminosos que operavam na área. O jornalista havia denunciado ameaças de morte no passado, disse a SIP.
Paolillo pediu às autoridades "que investiguem com urgência e impeçam que os [indivíduos] violentos imponham as regras do jogo em seu país".
A sede da SIP, que reúne donos e editores de veículos de comunicação do continente, fica em Miami, na Flórida.