O secretário americano da Defesa, Ashton Carter, disse nesta quarta-feira que os Estados Unidos vão continuar mantendo tropas no Afeganistão depois de 2016.
Segundo os planos atuais, os Estados Unidos vão reduzir seu efetivo até o final de 2016. Os 10.000 militares atualmente estacionados no terreno cairão para cerca de mil.
Reiterando declarações dadas no encontro da Otan em Bruxelas na semana passada, Carter disse que é importante para os Estados Unidos "formular opções para 2016 e, além disso, assim como fazer ajustes à presença planejada dos Estados Unidos, segundo as circunstâncias atuais".
O governo Obama foi criticado por seus planos de retirar as forças de Afeganistão. Seus opositores alegam que esse movimento deixa o país mais vulnerável aos ataques dos talibãs.
Há duas semanas, esse grupo tomou a cidade de Kunduz. Uma resposta rápida das forças de segurança afegãs treinadas pelos americanos levou à rendição dos talibãs.
"É importante dizer essas coisas, porque o discurso de que deixaremos o Afeganistão é contraproducente", afirmou Carter, em entrevista coletiva, em Washington.
As forças da Otan estão no Afeganistão desde 2001.
Embora os Estados Unidos tenham o maior contingente, Carter informou, na semana passada, que vários ministros da Defesa da Otan disseram estar abertos a modificações dos planos atuais.