
Segundo a investigação da polícia, os dois jovens haviam tomado um coquetel de drogas antes de saírem dirigindo em alta velocidade pelas ruas. Enquanto Kyle Careford dirigia, Michael Owen fazia as imagens, que duraram cerca de dois minutos, por meio de um aparelho celular. O som alto e o diálogo alegre entre os dois viraram tragédia quando o motorista perdeu o controle da direção. Pouco antes, o amigo chegou a pedir que Kyle fosse mais devagar. Segundos depois a gravação é interrompida pela colisão. Eles morreram na hora. Veja o vídeo (imagens fortes):
A câmera fica escura, mas em seguida aparece uma imagem de estilhaços e pode-se ouvir a voz abafada de uma mulher perguntando "Você está me ouvindo?" e "Tem alguém vivo?". O aparelho que gravou toda a cena foi encontrado na manhã seguinte, debaixo de uma árvore. A polícia informa que os dois jovens usavam cintos de segurança no momento em que o carro saiu da pista e colidiu com a estrutura da igreja. O veículo capotou diversas vezes.

CONSCIENTIZAÇÃO
Em entrevistas a jornais da região, a mãe de Owen, Kat, afirmou que “algo de bom veio do vídeo”, já que as fortes imagens, divulgadas inclusive nas redes sociais da polícia de Sussex, podem ajudar outras pessoas a não cometerem o mesmo erro. "Nós cuidamos de nossos filhos ensinando-lhes (a distinguir) o certo do errado. Nós os guiamos e lhes damos os nossos conselhos e esperamos que eles ouçam. E uma vez que eles são adultos, esperamos que façam as escolhas certas”, lamentou. "Eu gostaria que todos os jovens lá fora tomassem conhecimento e compreendessem que vocês não são invencíveis. Levem a sério o quão preciosas suas vidas são para si mesmos e para os outros. Assistir ao vídeo foi muito desagradável, mas eu estou esperando que ele possa ser usado de uma forma positiva, por mostrar aos jovens o que pode ocorrer com eles".
O irmão de Careford, Zac, disse que o filme ou qualquer coisa desse tipo nunca deveria ser gravado, e muito menos assistido. “Nós, como uma família, só esperamos e rezamos para que isso se conecte com ao menos uma pessoa lá fora, jovens ou velhos, de modo que ninguém nunca tenha que experimentar a dor de perder alguém".