O jornal americano The Washington Post considerou nesta segunda-feira uma "injustiça ultrajante" a condenação de seu correspondente no Irã Jason Rezaian e afirmou que trabalha junto a sua família e advogados para apresentar uma rápida apelação.
Rezaian, de 39 anos, foi detido em julho de 2014 acusado de espionagem e outros crimes contra a segurança nacional, após trabalhar durante dois anos como correspondente em Teerã do renomado jornal americano.
"O veredicto de culpa anunciado pelo Irã representa uma injustiça ultrajante", disse o editor executivo do jornal, Martin Barón, em um comunicado.
"O Irã se comportou de forma excessiva ao longo deste caso, mas nunca como nesta ocasião, com esta sentença de um tribunal revolucionário pelo qual um jornalista inocente é condenado por graves crimes após um procedimento que se desenvolveu em segredo, sem que fossem exibidas provas de nenhum tipo", completou.
Desde maio passado, Rezaian compareceu em quatro ocasiões diante do Tribunal Revolucionário de Teerã, uma corte especial que se encarrega de julgar crimes políticos e casos relacionados à segurança nacional.
Washington pediu que as autoridades iranianas libertem o jornalista, mas Teerã, que não reconhece a dupla nacionalidade de Rezaian, afirma que trata-se de um caso exclusivamente iraniano e destaca a independência do poder judicial no país.