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Estado de Minas

Nasa anuncia descoberta de água salgada em estado líquido em Marte

De acordo com Michael Meyer, chefe do Programa de Exploração de Marte, é possível haver ambiente habitável no planeta


postado em 28/09/2015 12:20 / atualizado em 28/09/2015 16:45

(foto: Reprodução/Nasa)
(foto: Reprodução/Nasa)

A Nasa anunciou, nesta segunda-feira, uma importante descoberta sobre Marte. Em coletiva realizada em Washington, a agência espacial dos Estados Unidos informou ter encontrado água salgada em estado líquido no planeta durante o verão. "Há água líquida na superfície de Marte hoje. Por isso, suspeitamos que seja possível hoje haver ambiente habitável no planeta", declarou o chefe do Programa de Exploração em Marte, Michael Meyer.

Com isso, chegou ao fim o mistério que intrigava a comunidade científica desde abril de 2015, quando indícios do elemento foram flagrados pelo robô Curiosity. Além de Meyer, participaram do evento o diretor de ciências planetárias da Nasa, Jim Green e especialistas representantes das principais universidades dos Estados Unidos.

Na coletiva, foi explicado que as linhas que cortam as encostas de Marte poderiam ser fluxos de salmoura, uma solução aquosa saturada de sal, e consistem em um tipo de 'córrego'.  O estudo detalhado foi publicado na revista Nature Geoscience e revela que tais linhas, que podem ter até várias centenas de metros por cinco metros de largura, aparecem no planeta durante as estações mais quentes do ano, alongam-se e desaparecem quando as temperaturas caem.

Foram divulgadas imagens capturadas pelo Mars Reconnaissance Orbiter, mas elas não são precisas o suficiente para fornecer mais detalhes. Os pixels das imagens são maiores do que a largura dos traços.

Em abril de 2015, cientistas relataram na revista Nature Geoscience que percloratos de cálcio eram "generalizadas" na superfície do nosso planeta vizinho. O perclorato, um tipo de sal idêntico ao discutido hoje, é muito absorvente e reduz o ponto de congelamento da água de modo que permaneça líquido a temperaturas mais baixas. O novo estudo, co-escrito por alguns dos mesmos cientistas, fornecem mais evidências da existência deste fluxo de salmoura.


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