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Estado de Minas

Resultado das eleições na Catalunha terão impacto decisivo no ideal da soberania

Oficialmente, os 5,5 milhões de eleitores catalães são chamados a escolher o nome de quem vai integrar o novo Parlamento regional


postado em 27/09/2015 06:00 / atualizado em 27/09/2015 10:42

Torcedores do Barcelona agitam bandeira da independência no estádio (foto: AFP PHOTO/ CESAR MANSO )
Torcedores do Barcelona agitam bandeira da independência no estádio (foto: AFP PHOTO/ CESAR MANSO )

Barcelona –
Ao fim de uma campanha política em que os separatistas aparentemente avançaram rumo ao início do processo de independência da Espanha, a Catalunha realiza hoje eleições legislativas. Oficialmente, os 5,5 milhões de eleitores catalães são chamados a escolher o nome de quem vai integrar o novo Parlamento regional, liderado atualmente pela formação nacionalista conservadora CDC, do presidente separatista Artur Mas. Analistas preveem que o impacto do resultado das urnas no ideal de soberania será decisivo.

Desde o começo, Artur Mas visa transformar a votação em um referendo a favor ou contra de uma nova República Catalã em 2017. Essa conotação tem aumentado nas últimas semanas, aumentando a tensão da Catalunha com Madri. Bastaria uma maioria no Parlamento regional (68 de 135) para lançar um processo de independência, segundo defendem os separatistas.

As últimas pesquisas dão a vitória para a coalizão Juntos pelo Sim, formada pelo partido de Mas, Esquerda Republicana da Catalunha (ERC, separatistas de esquerda) e personalidades da Catalunha, como o técnico de futebol Pep Guardiola. A maioria absoluta viria com o apoio da esquerda radical separatista Candidatura da Unidade Popular (CUP), que se negou a entrar na aliança. “As eleições mais importantes da democracia”, manchetou ontem o jornal conservador El Mundo.

Os catalães, disse Fernàndez, têm de reivindicar sua soberania como nação de um Estado espanhol que tem pouco respeito pela Catalunha e participa com entusiasmo em uma economia capitalista global que ele considera “uma máquina de guerra, uma máquina de roubar, de matar e de mentir”. Fernàndez tem sido de maneira consistente o político mais valorizado, nas pesquisas sobre o governo regional, desde que chegou à Câmara local em 2012. Mas o governo central de Madri aponta que suas posições radicais são motivos para os catalães elegerem parlamentares contrários à independência.

Inconformados com a invalidação parcial de uma lei regional que dava mais poderes ao governo regional, há cinco anos, os nacionalistas pedem desde 2012 um referendo de autodeterminação, sem êxito. Muito atuante em toda a campanha, o chefe de governo espanhol, Mariano Rajoy, dedicou-se a advertir para as “terríveis consequências” da independência para a Catalunha. E asseverou: “A Catalunha não será independente”.


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