Oito partidos estarão representados no Parlamento da Grécia após as eleições legislativas de domingo, marcadas por um índice de abstenção recorde e pela fragmentação do panorama político depois de seis anos de profunda crise econômica.
Segundo os resultados definitivos, o partido de esquerda Syriza, de Alexis Tsipras, venceu com uma vantagem de 7,36% sobre o conservador Nova Democracia de Evangelos Meimarakis.
Graças ao bônus de 50 deputados que a lei eleitoral grega concede ao partido mais votado, o Syriza terá 145 deputados, de um total de 300. O Nova Democracia terá 75 cadeiras.
A terceira força continua sendo o partido neonazista Amanhecer Dourado, com 6,99% dos votos e 18 deputados, um a mais que no Congresso anterior.
Os índices dos três principais partidos não mudaram muito desde as legislativas de 25 de janeiro, mas todos perderam eleitores em consequência da abstenção recorde de 43,43%.
O Syriza perdeu mais de 320.000 votos, o Nova Democracia 192.000 e o Amanhecer Dourado 9.000.
A seguir os resultados após a apuração de 100% dos votos:
Syriza: 35,46%, 145 cadeiras (de um total de 300)
Nova Democracia: 28,10%, 75 cadeiras
Amanhecer Dourado: 6,99%, 18 cadeiras
Pasok (socialista): 6,28%, 17 cadeiras
KKE (comunista): 5,55%, 15 cadeiras
To Potami (centro): 4,09%, 11 cadeira
Gregos Independentes (direita soberanista): 3,69%, 10 cadeiras
União de Centristas: 3,43%, 9 cadeiras
A União de Centristas entra pela primeira vez no Parlamento unicameral grego.
O grande perdedor é o partido Unidade Popular, criado em agosto pelos dissidentes do Syriza, contrários às condições do novo plano de resgate financeiro internacional e favoráveis à saída do euro. A nova formação recebeu 2,86% dos votos, abaixo da barreira de 3% necessária para entrar no Parlamento.
No total, 6,41% dos votos foram concedidos a partidos que não terão nenhum deputado na Câmara.