A seleção alemã de futebol, atual campeã mundial, denunciou nesta quarta-feira os ataques xenófobos contra refugiados estrangeiros no país e lançaram apelo pedindo para que a população ajude os migrantes.
Jogadores como o capitão Bastian Schweinsteiger, Jérôme Boateng, Ilkay Gündogan, Mesut Özil ou Toni Kroos aparecem numa foto segurando cartazes com a mensagem "Contra a violência e a xenofobia".
A imagem foi publicada no site da Federação Alemã (www.dfb.de), onde também se encontra um vídeo no qual os craques exibem outras mensagens, como "respeito", "integração", "ajuda" e "fair-play".
"Esta questão, obviamente, nos diz respeito, é importante dar o exemplo", afirmou o ex-atacante Oliver Bierhoff, diretor de seleções da Mannschaft.
Peça chave do meio de campo do Real Madrid, Toni Kroos disse que os atletas "têm o dever de fazer algo contra violência e xenofobia".
"Ajudar as pessoas é o nosso primeiro dever", concordou Thomas Müller, do Bayern de Munique.
O apelo foi lançado durante a preparação do duelo contra a Polônia, marcado para esta sexta-feira, em Frankfurt.
Na manhã desta quarta-feira, a polícia alemã registrou a chegada de mais de cem migrantes por hora na estação de trem de Munique, um fluxo recorde para o país.
No total, a Alemanha se prepara para receber 800.000 pedidos de asilo neste ano, mais do que em qualquer outro país da União Europeia.
De acordo com as autoridades, mais de 125.000 pessoas já entraram ilegalmente em solo alemão este ano, mais que o dobro do total registrado em 2014.
A maioria dos refugiados vêm de Síria, Eritreia, Afeganistão, Kosovo ou Sérvia.
