O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, expressou nesta sexta-feira "condolência eterna" pelas vítimas da guerra em seu país e no exterior, mas afirmou que as futuras gerações "não devem ser predestinadas" a pedir desculpas pelo passado militar, em um discurso no 70º aniversário da rendição nipônica.
"Não devemos permitir que nossos filhos, netos e futuras gerações, que não têm nada a ver com a guerra, sejam predestinados a pedir desculpas", afirmou em um discurso muito aguardado pelos vizinhos asiáticos do Japão, que sofreram com o militarismo do país.
Por ocasião do aniversário, "me inclino profundamente ante as almas daqueles que morreram tanto em nosso país como no exterior. Expresso meu sentimento de pena profunda e minha condolência eterna e sincera", disse Abe.
"O Japão reiterou muitas vezes seu sentimento de remorso profundo e suas desculpas sinceras por seus atos durante a guerra".
"As posturas expressadas pelos governos precedentes permanecerão inabaláveis no futuro", disse.
A expansão militar do Japão entre 1910 e 1945 permanece como um ponto de discórdia nas relações com os países vizinhos, especialmente China e Coreia do Sul.