O presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, afastou de seus cargos os chefes de seu exército, informou um porta-voz, uma medida muito esperada ante a recente multiplicação de atentados cometidos pelos islamitas do Boko Haram.
"O presidente retirou de suas funções os chefes de serviço, entre eles o do exército de terra, do ar e da marinha", disse à AFP Femi Adesina.
O general Kenneth Minimah, na liderança do exército de terra, Adesola Amosu, da força aérea, e Usman Jibrin, da marinha, haviam sido nomeados pelo ex-presidente Goodluck Jonathan em janeiro.
O chefe do Estado-Maior, Alex Badeh, e o conselheiro nacional para as questões de segurança, Sambo Dasuki, também foram substituídos.
Segundo um comunicado da presidência publicado pouco depois deste anúncio, seis novos responsáveis militares foram nomeados imediatamente para substituí-los: Abayomi Gabriel Olonishakin como chefe do Estado-Maior, T. Y Buratai na liderança do exército de terra, Ibok-Ete Ekwe Ibas para a marinha, Sadique Abubakar para a força aérea, Monday Riku Morgan como chefe dos serviços de inteligência do exército e Babagana Monguno como conselheiro nacional para a segurança.
O exército foi fortemente criticado por não ter conseguido conter a insurreição islamita que deixou mais de 15.000 mortos e 1,5 milhão de deslocados na Nigéria em seis anos.
Buhari, eleito em março contra Jonathan e empossado no dia 29 de maio, fez da luta contra o grupo islamita a prioridade de seu mandato.
Desde sua investidura, uma nova onda de violência já deixou 570 mortos, segundo um balanço da AFP.