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Estado de Minas

Ataque shebab deixa 14 mortos na região norte do Quênia


postado em 07/07/2015 10:22

Pelo menos 14 pessoas morreram e 11 ficaram feridas nesta terça-feira em um ataque, atribuído pelas autoridades aos islamitas somalis shebab, contra uma cidade do norte do Quênia, perto da fronteira com a Somália.

O novo ataque ilustra a insegurança persistente na região remota do Quênia, que compartilha uma fronteira de 700 km com a Somália, a apenas duas semanas da visita do presidente americano Barak Obama a Nairóbi.

Os criminosos, com armas automáticas e explosivos, entraram na manhã desta terça-feira na localidade de Soko Mbuzi, perto de Mandera, uma cidade no extremo norte do Quênia, na fronteira com Somália e Etiópia.

"O ataque aconteceu em uma localidade próxima a um grande mercado de gado, perto da cidade. Quatorze pessoas morreram", disse uma fonte policial da cidade de Mandera.

"As pessoas estavam dormindo no momento do ataque. Os criminosos chegaram e lançaram explosivos contra as casas", afirmou o chefe da administração local, Alex Ole Nkoyo.

Até o momento nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque, mas as autoridades acusaram os shebab, islamitas somalis vinculados à Al-Qaeda, que iniciaram uma insurreição em 2007 na Somália e já cometeram vários ataques mortais no Quênia.

A Cruz Vermelha informou que transportou 11 feridos ao hospital.

A organização indicou que um avião foi enviado à região para transportar os feridos em estado grave até a capital, Nairóbi.

"Pelo tipo de ataque foram os shebab. Utilizaram explosivos e armas automáticas", disse Alex Ole Nkoyo.

Os shebab intensificaram os ataques no Quênia em represália à entrada do exército queniano na Somália em outubro del 2011.

Quase 3.500 militares quenianos estão na Somália para lutar contra os shebab, dentro de uma força da União Africana.

A Missão da União Africana na Somália (AMISOM, na sigla em inglês) reúne 22.000 soldados de vários países africanos, particularmente do Burundi e de Uganda.

Após a intervenção queniana, os shebab ameaçaram o Quênia com uma "longa e espantosa guerra", além de um "banho de sangue".

Em abril, um comando shebab matou 148 pessoas, em sua maioria estudantes, na Universidade da cidade queniana de Garissa.

No fim de 2014, os shebab atacaram uma pedreira e mataram 36 homens identificados como não muçulmanos.

Poucos dias mais tarde, na mesma região, os shebab mataram 28 passageiros de um ônibus.

Em 2013, os shebab mataram 67 pessoas em um ataque contra o shopping Westgate, no centro de Nairóbi.

O ataque desta terça-feira pode ter sido executado por integrantes de "células adormecidas" dos shebab instaladas no Quênia, segundo Mohamud Saleh, que trabalha no governo regional de Garissa.

O grupo islamita shebab, que nasceu na Somália, conseguiu recrutar combatentes estrangeiros, particularmente na região nordeste do Quênia, que tem população majoritária de muçulmanos de etnia somali.

Os shebab desejam derrubar as autoridades somalis que contam com o apoio dos países ocidentais e o suporte militar da AMISOM.


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