O vice-presidente americano, Joe Biden, denunciou nesta quarta-feira "a bárbara agressão" de Vladimir Putin na Ucrânia, advertindo que os países ocidentais devem estar preparados para responder com mais sanções contra a Rússia se for necessário.
Condenando em um discurso, em Washington, as ações o presidente russo no exterior e a repressão interna, Biden afirmou que impor barreiras a Putin é "fundamental para comprovar novas agressões no caminho".
"Estamos tentando com que ele, na nossa opinião, atue de forma mais racional e se não o fizer, vamos continuar enfrentando o que qualifico de bárbara agressão", disse.
Em março de 2014, a Rússia anexou a região da Crimeia, na Ucrânia, depois que o governo pró-europeu chegou ao poder em Kiev. Desde então, as forças pró-russas lançaram uma rebelião no leste da Ucrânia, que mergulhou o país em combates contínuos.
O vice-presidente americano pediu aos líderes europeus, que se reunirão em junho, a manter as sanções à Rússia até que se cumpram os termos de um cessar-fogo.
"As sanções à Rússia devem e permanecerão vigentes", disse, acrescentando que os aliados devem estar preparados para impor mais sanções se "a Rússia ultrapassar novamente a linha de contato".
Biden disse que Putin é, "em sua essência", prático, e que "pressionará na medida em que puder (...) até encontrar resistência".
Ele acusou, ainda, o Kremlin, de estar "sacudindo a jaula", financiando partidos políticos desestabilizadores em toda a Europa, fomentando uma "máquina hiperagressiva de propaganda russa, patrocinada pelo Estado" e o uso da corrupção como uma ferramenta de política exterior.
Sustentou, ainda, que o debate sobre enviar armas defensivas letais à Ucrânia é "válido", sem chegar a aprovar a medida controversa. Muitos pensam que fornecer armamento letal a Kiev poderia levar a uma escalada do conflito contra a Rússia no qual a Ucrânia não tem chance de vencer.