O governo holandês decidiu nesta sexta-feira privatizar a partir do final de 2015 o banco ABN Amro, nacionalizado em consequência da crise financeira e com um valor estimado de mais de 15 bilhões de euros, de acordo com a imprensa holandesa.
Uma emissão inicial de ações, que representam entre 20% e 30% do capital total, acontecerá "provavelmente" no quarto trimestre, indicou a agência ANP, citando fontes do governo.
O ministro das Finanças, Jeroen Dijsselbloem, espera obter pelo menos 15 bilhões de euros pela privatização do ABN Amro, acrescentou a agência.
O governo também decidiu tomar uma série de medidas para proteger este grupo bancário nascido no século XIX e evitar os projetos de aquisição hostis, afirmou essa fonte.
O Estado holandês comprou em outubro de 2008 as atividades do ABN Amro no país, após o desmantelamento do Fortis Holding, provocado pela crise financeira global.
O atual ABN Amro, cujas atividades estão concentradas no mercado holandês, nasceu da fusão em 2010 dos ativos do ABN Amro possuídos pela Fortis e das atividades holandesas do Fortis Bank, nacionalizado em 2008.