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Estado de Minas

Russos capturados na Ucrânia admitem ser soldados da ativa: OSCE


postado em 21/05/2015 16:46

Os dois russos capturados pelas forças ucranianas no leste separatista admitiram ser membros das forças armadas russas, anunciou nesta quinta-feira a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), enquanto Moscou nega que eles pertençam às suas forças armadas.

Durante um encontro com a missão de observação da OSCE na Ucrânia e na ausência das autoridades ucranianas no hospital militar de Kiev, onde os dois homens estão sendo tratados, "os dois indivíduos admitiram ser membros de uma unidade das forças armadas da Federação Russa", indicou a OSCE em um comunicado.

"Um deles afirmou que recebeu ordens de sua unidade militar para ir à Ucrânia por três meses", indicou a organização, acrescentando que os dois reconheceram ter realizado outras "missões" anteriores no país vizinho.

No entanto, um dos homens teria assegurado que "as tropas russas não estão envolvidas nos combates na Ucrânia", segundo a mesma fonte.

Os russos foram capturados no dia 16 de maio na linha de frente no leste da Ucrânia, após serem feridos a tiros.

A Ucrânia acusou o capitão Yevgeny Yerofeev e o sargento Alexander Alexandrov de "atividades terroristas".

Ambos serão submetidos a um julgamento público.

Kiev e o Ocidente acusam a Rússia de armar os rebeldes e implantar suas tropas na zona de conflito. Moscou, entretanto, nega as acusações, admitindo a presença de "voluntários" russos, que partiram voluntariamente para apoiar os combatentes separatistas.

As autoridades ucranianas anunciaram no domingo a captura dos dois russos, feridos em combates com as forças ucranianas.

Em um vídeo do interrogatório, divulgado por Kiev, os dois homens dizem pertencer à "terceira brigada das forças especiais russas, com base em Togliatti", 800 quilômetros a sudeste de Moscou.

Moscou desmente

O ministério da Defesa russo negou categoricamente na segunda-feira que eles pertençam às forças ativas, garantindo que "já não faziam parte das forças armadas russas no momento da sua captura" e sugerindo que poderiam ter sido "torturados" para confirmar as acusações ucranianas.

"Esses homens realizaram seu serviço militar em uma unidade do exército russo e têm uma formação militar", se limitou a dizer o porta-voz do ministério russo, Igor Konachenkov.

A televisão estatal russa Rossia 24 exibiu na quarta-feira a entrevista de uma jovem mulher apresentada como a esposa do sargento Alexander Alexandrov, um dos soldados capturados.

Ela assegurou que seu marido saiu do exército em dezembro e considerou que ele poderia ter sido "torturado" pelos ucranianos.

As autoridades ucranianas apresentaram à imprensa os dois homens na terça-feira como sendo membros das forças especiais da inteligência militar do exército russo.

Operados no dia anterior no hospital militar de Kiev, Alexandrov e Yevgeny Yerofeev estavam deitados em sua cama cercados por cinco guardas, três encapuzados.

Alexandrov se recusou a dizer se continuava à serviço do exército russo.

No vídeo do interrogatório, os dois homens disseram que entraram em território ucraniano há mais de um mês com cerca de 200 outros militares russos para realizar missões de inteligência no leste da Ucrânia, na companhia de tropas rebeldes que enfrentam as forças de Kiev.

Os dois homens também receberam a visita nos últimos dias de diversos representantes da União Europeia, Anistia Internacional e Cruz Vermelha.

O conflito entre o exército ucraniano e os rebeldes pró-russos já causou mais de 6.200 mortos desde abril de 2014.

Apesar de uma trégua globalmente respeitada desde meados de fevereiro, combates isolados continuam a pesar sobre o saldo do conflito. Kiev anunciou nesta quinta a morte de um soldado e de um civil em novos confrontos.


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