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Estado de Minas

Menina africana que perdeu parentes no Mediterrâneo pede para que compatriotas não tentem travessia


postado em 29/04/2015 13:40

Uma menina de 12 anos procedente da Gâmbia, que sobreviveu a um naufrágio no Mediterrâneo no qual sua família desapareceu com cerca de 400 imigrantes, escreveu uma carta implorando para que outros não tentem a travessia, relatou nesta quarta-feira a organização que a acolheu.

De acordo com esta organização, "Comunidade Papa João XXIII", a menina pediu para que esta carta fosse divulgada depois de escrever em um caderno que foi dado a ela para ajudá-la a expressar suas emoções.

"Eu venho da Gâmbia. Eu cruzei o mar para vir para a Itália. Muitas pessoas morreram, meus melhores amigos, minhas irmãs e irmãos morreram na onda", explica ela.

"Eu vi um monte de coisas que eu não posso falar. Tudo o que posso dizer é alertar as pessoas que querem vir. Não venham por favor, meus irmãos e irmãs, porque é difícil dizer adeus".

Esta jovem gambiana desembarcou em 14 de abril em Reggio Calabria (sul) com cerca de 150 outros sobreviventes do naufrágio.

De acordo com os primeiros elementos da investigação, seus pais haviam embarcado na Líbia com seu irmão no porão do navio, e tinha pago mais caro para ela e sua irmã mais velha viajarem na ponte.

Quando o barco virou, em 12 de abril, provavelmente na sequência de uma confusão no momento da chegada de um navio de carga, a mais velha salvou a mais nova, mas não sobreviveu.

Uma semana mais tarde, um outro naufrágio em condições semelhantes fez quase 750 mortos.


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