O irmão e o padrasto do policial morto pelos irmãos Tsarnaev, autores dos atentados contra a Maratona de Boston, relataram sua dor nesta quarta-feira, durante o julgamento de Djokhar Tsarnaev, que permaneceu impassível no tribunal.
Djokhar Tsarnaev é submetido à segunda fase de seu julgamento, que determinará se o ex-universitário de 21 anos será condenado à morte ou à prisão perpétua por sua participação nos atentados que deixaram três mortos e 264 feridos, dos quais 17 amputados, em 15 de abril de 2013.
Sean Collier, 27, era policial do campus do Massachusetts Institute of Techology, uma das mais reconhecidas universidades dos EUA, quando os irmãos Tsarnaev o mataram a tiros, na noite de 18 de abril de 2013.
"Têm sido dois anos terríveis", declarou seu padrasto, Joseph Rogers, 58 anos, que se casou com a mãe da vítima há mais de 20 anos, formando uma família conjunta que reúne seis filhos.
Uma jurada chorou quando Rogers recordou o telefonema comunicando a situação de Sean, que era levado ao hospital após receber vários tiros.
"Todos os meninos chegaram", disse Rogers, que viu o corpo de Sean no hospital "com um buraco no meio da cabeça".
"Será uma perda enorme, para mim e a minha família, durante o resto de nossas vidas", disse no tribunal o irmão menor de Sean, Andrew Collier.
No tribunal, Djokhar Tsarnaev evitou olhar para Rogers, mantendo a mesma expressão impassível adotada desde o início do julgamento realizado em Boston.