Os ministros de Relações Exteriores da União Europeia (UE) nomearam, nesta segunda-feira (16), um novo representante especial do bloco econômico para o Oriente Médio, posto vago desde janeiro de 2014.
Segundo porta-vozes, "(a nomeação foi feita0 com a esperança de retomar o processo de paz".
O bloco europeu designou o diplomata italiano Fernando Gentilini para ocupar a vaga, criada em 1996, quando os acordos de paz de Oslo ofereciam uma perspectiva de avanço nas negociações entre israelenses e palestinos.
Atualmente, Gentilini é encarregado do serviço diplomático europeu na região dos Bálcãs e da Turquia.
O posto tinha ficado vago por decisão da ex-chefa da diplomacia europeia, Catherine Ashton, em uma medida controversa com a qual buscava que a política externa da UE fosse controlada a partir de um único lugar.
O processo de paz entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina (ANP) está congelado desde o ano passado.
A União Europeia tem um papel importante no processo de paz através do Quarteto para o Oriente Médio, criado em 2000, por UE, ONU, Estados Unidos e Rússia.
Tony Blair, ex-primeiro-ministro britânico, é o enviado especial do Quarteto.
A atual chefa da diplomacia europeia, Federica Mogherini, perguntada nesta segunda sobre as informações divulgadas na mídia que garantem que Blair estaria a ponto de deixar o cargo, indicou que os ministros do Exterior da UE, reunidos em Bruxelas, não discutiram o tema.
"Discutimos o futuro da iniciativa do Quarteto. A responsabilidade de Blair é focar no desenvolvimento econômico (dos territórios palestinos) e esse não é o objetivo de momento, que é retomar o processo de paz", disse.
Mogherini, criticada em Israel, adianta que do ponto de vista da União Europeia, a única solução é a de dois Estado. Além disso, ela condenou os assentamentos israelenses nos territórios ocupados, considerando-os uma ameaça à reaproximação entre os dois lados.