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Estado de Minas

Para SIP, impunidade e censura limitam liberdade de expressão na América


postado em 09/03/2015 16:16

A impunidade dos crimes contra jornalistas e a censura são os principais obstáculos enfrentados pela liberdade de imprensa e expressão na América Latina, segundo a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) - que encerrou nesta segunda-feira sua reunião semestral no Panamá.

"O primeiro problema enfrentado pelos jornalistas nas Américas são os assassinatos", disse o presidente da SIP, o peruano Gustavo Mohme.

Segundo relatório da SIP, nos últimos seis meses oito jornalistas perderam a vida no continente: dois na Colômbia, dois no México, dois em Honduras, um no Peru e um no Paraguai.

Segundo Mohme, a situação mais perigosa é enfrentada pelos repórteres de áreas afastadas, onde os jornalistas acabam ficando mais desprotegidos.

Os assassinatos têm relação, em alguns dos casos, com o crime organizado ou têm "cunho político", de acordo com Mohme.

"Estamos levando nossa mensagem solidária e nossa exigência de que estes crimes não fiquem impunes, porque a impunidade piora a situação e expõe ainda mais os jornalistas", ressaltou Mohme.

Em sua resolução final, a SIP exige que os governos de Colômbia, México, Honduras, Peru e Paraguai não suspendam as investigações "até que os culpados sejam encontrados e punidos exemplarmente pela Justiça".

A SIP também fez duras críticas à censura direta ou a restrições ilegais aos meios por parte de governos de todo o continente, especialmente na Venezuela, no Equador e na Argentina.

"A censura é a arma que os governos usam através de diversos meios" que representam "obstáculos à livre difusão" nos meios de comunicação e nas redes sociais, diz o documento final.

Segundo a SIP, no Equador foram aplicadas mais de 30 sanções a meios, jornalistas e caricaturistas, e cinco usuários do Twitter tiveram suas contas encerradas nos últimos seis meses. Na Venezuela, oito 'tuiteiros' foram processados.

"Determinados regimes e países como Venezuela, Equador ou Argentina perseguem o jornalismo, o acusam ou o restringem através da legislação e estabelecem censuras ou impõem a auto-censura", criticou Mohme.

"Não podemos permanecer passivos diante do cerceamento de certas liberdades".

A SIP denunciou também o "afã de controlar o espectro das comunicações" que utilizam vários governos da região.

As críticas chegaram também ao governo norte-americano de Barack Obama.

"Temos sido muito críticos com o governo norte-americano e com a prisão de um jornalista por não revelar suas fontes. Para nós, a liberdade de imprensa é um princípio, seja qual for o regime que a ataque", disse Mohme.


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