A cantora norte-americana Lesley Gore, alçada à fama pelo hit "It's My Party" em 1963 e militante feminista da música pop, morreu de câncer aos 68 anos - informou Lois Sasson, sua companheira por mais de três décadas.
Lesley faleceu nesta segunda-feira em um hospital de Nova York em decorrência de um câncer de pulmão, disse Lois, que é designer de joias.
Reza a lenda que uma gravação das aulas de canto de Gore, cujo nome verdadeiro era Lesley Goldstein, chegou por acaso às mãos do célebre produtor musical Quincy Jones.
Jones rapidamente visitou a casa onde a jovem morava com a família em Nova Jersey e a convenceu a cantar "It's my party", que transformou Lesley, de apenas 16 anos, numa sensação do pop - muito antes de ser banal ver estrelas adolescentes.
Gore, que era lésbica, sempre afirmou não ter conhecido verdadeiramente sua orientação sexual até depois dos 20 anos.
Após seu primeiro sucesso, lançou uma segunda música "You don't own me", considerado um hino ao feminismo com uma letra que diz: "Não me diga o que fazer / E não me diga o que dizer / E por favor, quando sair comigo, não me coloque em exibição".
Em entrevista de 2005, Gore disse que contrariamente a Hollywood, a indústria da música "sempre esteve dominada pelos homens".
"Sempre houve uma situação patriarcal, e a mulher sempre foi colocada não necessariamente abaixo, mas certamente num degrau inferior", disse a cantora à revista AfterEllen, uma publicação online sobre lésbicas e bissexuais no mundo do entretenimento.