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Estado de Minas

Itália reforça medidas anti-corrupção


postado em 12/12/2014 19:10

O chefe do governo italiano, Matteo Renzi, anunciou nesta sexta-feira novas medidas de combate à corrupção, em meio a revelações da existência de uma ampla rede da máfia em Roma envolvendo políticos de todas as esferas.

Após uma sessão extraordinária do conselho de ministros, Renzi anunciou em coletiva de imprensa que a pena mínima para crimes de corrupção passará de quatro para seis anos de prisão e que será implantada uma força-tarefa para restituir as somas desviadas.

A medida será proposta em uma nova lei, sobre a qual Renzi se disse confiante para entregar ao Parlamento.

A lei visará impedir que negociações de penas permitam aos corruptos escapar da prisão e devolver apenas uma parte do dinheiro desviado.

"Os corruptos pagarão tudo, até o último centavo e até o último dia" de prisão, reforçou o chefe de governo, reiterando sua indignação ao ver que das cerca de 50.000 pessoas detidas na Itália, apenas 257 respondem pelo crime de corrupção.

O governo também pretende facilitar as medidas de confisco de bens, permitindo confiscar o que já foi transmitido a herdeiros, e retardar a prescrição dos crimes - cujo tempo na Itália corre paralelo ao processo judicial - na tentativa de evitar que a defesa dos corruptos utilize recursos protelatórios.

"É um grande, grande desafio para nosso país", declarou Renzi.

Em Roma, cerca de cem empresários e políticos, como o ex-prefeito Gianni Alemanno (2008-2013) são investigados dentro do quadro de uma operação que já prendeu mais de 40 pessoas, entre elas o suposto chefe da rede, Massimo Carminati.

A rede Carminati é suspeita de envolvimento num vasto sistema de corrupção que permitiu fraudar inúmeras licitações e desviar fundos públicos destinados, entre outras atividades, a centros de acolhida para refugiados.


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