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Estado de Minas

Estados Unidos revelam métodos de tortura da CIA

As medidas de segurança foram reforçadas nas instalações diplomáticas e bases militares norte-americanas antes da publicação do relatório


postado em 09/12/2014 09:20 / atualizado em 09/12/2014 10:14

O Senado norte-americano divulgou terça-feira relatório sobre os métodos de tortura utilizados pela CIA (a agência de inteligência dos Estados Unidos) depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, motivando críticas entre os republicanos que receiam reações violentas em todo o mundo. Entre as ténicas aplicadas estão privação de sono, confinamento em pequenos espaços, humilhação e afogamento simulado.

As medidas de segurança foram reforçadas nas instalações diplomáticas e bases militares norte-americanas antes da publicação do relatório que, no entanto, omite o conteúdo mais sensível.

O trabalho é fruto de uma investigação que durou mais de três anos, entre 2009 e 2012, com o objetivo de revelar detalhes sobre o programa criado em segredo pela CIA para interrogar os detidos suspeitos de ligações com a Al Qaeda e que incluía simulações de afogamento e privação de sono. "O presidente acredita que é importante que seja publicado, para que as pessoas dos Estados Unidos e de todo o mundo compreendam exatamente o que se passa", explicou Josh Earnest, porta-voz de Barack Obama, que acabou com o programa quando chegou à Casa Branca em janeiro de 2009.

Reconhecendo que não há "um bom momento" para publicar um documento desse tipo, Josh Earnest disse ser indispensável a sua divulgação para assegurar que os fatos não voltem a ocorrer. O relatório foi aprovado, em dezembro de 2012, por uma comissão do Senado que, em abril deste ano, votou a favor da divulgação de um resumo de 500 páginas.

O coronel do Exército Steve Warren, porta-voz do Pentágono, disse que "há certamente a possibilidade de que a divulgação do relatório possa causar tumultos" e, portanto, comandos combatentes foram instruídos a adotar medidas de proteção.

Autoridades norte-americanas que leram o documento disseram que ele traz detalhes perturbadores sobre o uso, pela CIA, de técnicas como privação de sono, confinamento em pequenos espaços, humilhação e afogamento simulado. O relatório alega que esse tipo de interrogatório fracassou em relevar informações de inteligência importantes e que pudessem salvar vidas, conclusão contestada ex e atuais oficiais de inteligência, dentre eles o diretor da CIA, John Brennan.

O documento também avalia que a CIA mentiu sobre o programa secreto para autoridades da Casa Branca, do Departamento de Justiça e para comitês de supervisão do Congresso. O presidente Barack Obama disse "nós torturamos algumas pessoas".

Earnest disse que, independentemente de se foram obtidas informações importantes por meio dos interrogatórios, "o presidente acredita que o uso dessas táticas foi injustificável, que são inconsistentes com nossos valores e não nos deixou mais seguros".


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