A equipe japonesa Takata revelou, nesta quinta-feira, que sabia, desde 2005, de um defeito em seus airbags, mas aguardou dois anos antes de informar as autoridades e fabricantes sobre a falha, vinculada à morte de cinco pessoas.
"Nós iniciamos uma investigação em maio de 2005. Se houve uma comunicação antes disto, não estou sabendo. A data é 2005", insistiu o vice-presidente do grupo encarregado da qualidade da Takata, Hiroshi Shimizu, diante de senadores americanos em Washington.
Pressionado pela câmara, ele informou que a empresa notificou os fabricantes de automóveis e reguladores dois anos depois, em 2007.
Os airbags, fabricados nos anos 2000, podem explodir e lançar fragmentos de metal e plástico contra os passageiros. Este tipo de acidente causou a morte de cinco pessoas, segundo meios de comunicação.
As autoridades dos Estados Unidos pediram, mesta terça-feira, para pedir a revisão de todos os veículos do país equipados com o modelo de airbag defeituoso.
A Agência de Segurança nas Estradas (NHTSA) pediu também pediu aos fabricantes afetados - BMW, Chrysler, Ford, General Motors, Honda, Mazda, Mitsubishi, Nissan, Subaru e Toyota - que entreguem documentos e um informe detalhando todas as medidas e inspeções para consertar o defeito.
"Para nós, está claro que eles (Takata) não têm controles eficazes em termos de qualidade", disse nesta quinta-feira David Friedman, da NHTSA, perante o Congresso.
Acredita-se que o modelo de airbag defeituoso tenha sido fabricado na fábrica que a Tanaka tem em Ciudad Frontera, no México.